Foi num momento assim que acabei conhecendo o Júnior, cantor, compositor, poeta do cotidiano e, mais do que tudo, amigo de quem foi extremamente importante na minha vida; meu irmão Dilair, o Dila.
Quando ele ficou doente, em Balneário Gaivotas, onde morava, recebi um telefonema do Júnior informando que o Dila estava hospitalizado. Fomos para lá, minha mulher e eu e, já na chegada, encontramos com o Júnior. A história, daquele momento para frente, foi contada de momentos felizes, de reencontro e de tristeza, muita tristeza.
Foi o Júnior quem, uma semana depois, me ligou para avisar que o Dila tinha partido, certamente para planos mais altos.
Foi ele quem, com seu violão fantástico, acompanhou outro amigo, o João Bonamigo, na interpretação de My Way, ao lado do caixão onde o Dila repousava para sempre. Depois, nos abraçamos e choramos muito a saudade do nosso "velho querido". E fomos juntos até o cemitério.
Hoje, quando abri o Facebook, mais uma surpresa que só almas diferenciadas como a do Júnior, proporcionam. Lá estava um álbum de fotografias do Dilair e dele.
Confesso que olhei, uma por uma, com os olhos cheios de lágrimas, mas com o coração apertado de saudades e, ao mesmo tempo, de emoção. Só o Júnior, mesmo, para me proporcionar um momento assim.
Selecionei uma das fotos e decidi ilustrar este comentário que faço em homenagem a uma pessoa diferenciada e que passou pela vida do Dila como um dos poucos amigos, confidentes e parceiros que o "velho" teve nos últimos dias de sua existência.
Quando sai do apartamento onde o Dila morava, o Júnior me pediu um presente, uma recordação do amigo que tinha partido. Ele ficou com uma das bengalas que acompanhavam meu irmão em suas caminhadas pela praia e pelas ruas de Gaivotas.
Amigo que se conhece numa circunstância assim, é amigo que não se esquece. OBRIGADO, JÚNIOR!
Tenham todos um Bom Dia!
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