Feliz Páscoa!
O domingo
amanheceu com cara e log se transformou em domingo coberto por uma garoa fina.
Mesmo assim, não deixou de ser Domingo de Páscoa.
Antes de
levantar, fiquei lembrando dos meus tempos de guri quando, bem cedo, acordava e
saia pela casa a procurar o ninho que “o coelhinho” havia deixado. Eram alguns
minutos para encontrar uma cesta repleta de ovos, não os de chocolate como hoje
(caríssimos), mas os feitos com casca colorida de ovos verdadeiros que a mãe
tingia de verde, azul, amarelo, vermelho e recheava com pé de moleque.
Tinha
coelhinho de pão de mel e ovos de açúcar. Eram muitos filhos para que o pai
pudesse gastar o que normalmente não sobrava de seu soldo de militar.
Mas as páscoas
da minha infância são inesquecíveis. O ritual de acordar e procurar o ninho,
jamais saiu da minha memória.
Hoje, acho que
com o progresso ou a intensidade com que somos obrigados a viver a vida, as
crianças já nem procuram mais o ninho, quando eles existem. Sabem que o grandes
ovos de chocolate, envolvidos em enormes e coloridas embalagens, serão
facilmente visualizados.
Depois de uma
certa idade, como na adolescência, por exemplo. Principalmente as meninas já
nem querem mais saber de chocolate. Evitam, de todas aas formas, a
possibilidade de aparecimentos de “espinhas”. Mesmo que sofram com isso, não
admitem comer um ovinho sequer!
A páscoa hoje, é
principalmente da minha netinha Lívia e de tantas netinhas que ainda não
admitem que o coelhinho possa não existir. Feliz delas que vivem a inocência
das tantas páscoas que vivi e que nunca mais esqueci.
Tenham todos uma
Feliz Páscoa!
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