A Polícia Federal informou neste domingo que deverá iniciar nesta semana as diligências da Operação Lava Jato referentes aos inquéritos autorizados na última sexta-feira pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki.
Ao todo, são 21 inquéritos para
investigar indícios do envolvimento de 49 pessoas, entre elas 34 parlamentares
e 12 ex-deputados, em supostos desvios de recursos da Petrobras.
Além de divulgar a lista de políticos
que serão investigados, Zavascki, que será o relator dos processos no STF,
autorizou o início da coleta de provas.
Entre os incluídos na lista estão os
presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara dos Deputados, Eduardo
Cunha; o ex-presidente e senador Fernando Collor; e quatro ex-ministros de
Dilma: os senadores Edson Lobão (Minas e Energia) e Gleisi Hoffmann (Casa
Civil); o ex-deputado Mario Negromonte (Cidades) e Antonio Palocci (Casa
Civil).
Com a autorização de Zavascki, os
agentes da Polícia Federal especializados em investigações contra parlamentares
podem iniciar imediatamente a busca de documentos e de possíveis provas, e o
interrogatório de testemunhas citadas nas delações premiadas.
Os agentes federais também podem
solicitar imagens das câmeras de segurança de edifícios nos quais ocorreram os
encontros relatados pelos delatores e exigir cópias dos contratos da Petrobras
com as diferentes empresas acusadas de participar das irregularidades.
A Polícia Federal também espera que o
Ministério Público, que coordenará todas as investigações, solicite à Justiça
ordens para suspender o sigilo bancário de alguns dos acusados, assim como o de
seus e-mails.
A partir de todas as provas recolhidas
pela polícia, o Ministério Público terá que decidir se denuncia formalmente ou
arquiva as investigações contra cada um dos 49 envolvidos, assim como
determinar os crimes pelos quais serão processados.
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