Propina”, disse Pedro Barusco
Foto: Agência RBS |
— Como faz parte do meu termo de colaboração, iniciei a receber em 1997, 1998. Foi uma iniciativa pessoal minha junto com representante da empresa. Descrevo no meu depoimento, vou reiterar o que está dito. Na forma mais ampla, em contato com outras pessoas, de forma mais institucionalizada, isso foi a partir de 2003, 2004 — disse o ex-gerente.
Barusco reafirmou, nesta terça-feira,
que ele próprio, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e o
tesoureiro do PT, João Vaccari, recebiam recursos do esquema de propina da
Petrobras. Eles eram os "protagonistas", como disse o próprio
Barusco.
— O mecanismo envolvia representante da
empresa, próprio empresários, eu, Duque e João Vaccari, são protagonistas —
afirmou, observando, no entanto, que não sabe como Vaccari recebia esses
recursos, se eram depositados no exterior, se iam direto para o PT como doações
ou se eram entregues em espécie.
Barusco também afirmou que não tem
certeza de que o partido teria recebido US$ 200 milhões. O cálculo foi feito
por estimativa.
— Eu não acusei nada. Eu falei que
cabia a mim uma quantia e eu recebi. Então eu estimei. Eu estimo, considerando
o valor que recebeu de propina, que foi pago de US$ 150 a US$ 200 milhões. Não
sei como recebeu, se foi doação oficial, se foi lá fora, se foi em dinheiro.
Havia reserva para o PT receber. Se recebeu, e a forma como recebeu, eu não
sei.
Barusco também afirmou que a divisão da
propina estabelecida era feita com um agente político ou representante deste,
sem esclarecer exatamente a quem se referia.
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