sábado, 7 de março de 2015

Bom Dia!

Que vergonha!

Fui dormir mais tarde e acordei mais cedo,  morrendo de vergonha com a divulgação da lista de políticos e partidos denunciados na Operação Lava Jato. Só aqui do Rio Grande do Sul, seis deputados do PP estão denunciados.

Acho que nunca consegui admitir que algumas pessoas dissessem que tinham “vergonha de ser brasileiras”. Sempre considerei exagero, já que o Brasil, bem ou mal, me passava a esperança de um futuro melhor. Acho que me enganei.

A partir da chegada de Lula ao Planalto, representando o PT, partido que se formou defendendo a ética, a moral, a transparência e a verdade, que se auto proclamava, “diferente dos partidos tradicionais”, quase acreditei que o futuro melhor estava chegando. Me enganei.

Bastaram alguns anos para que o PT acabasse com toda a dignidade do Brasil. Foi a partir dos governos petistas que o brasileiro passou a não respeitar mais as leis, que a corrupção se institucionalizou, que os padrões morais e éticos foram jogados para debaixo do tapete. O Brasil foi, aos poucos, se transformando num bordel em que cada um faz o que bem entende e a justiça é determinada por quem manda, ou governa..

Peço um pouco de paciência a todos, e tempo também, para que leiam partes do pedido de abertura de inquérito contra o senador Valdir Raupp, que demonstram claramente aquilo que os petistas e demais envolvidos insistem em dizer que é mentira, invenção da imprensa golpista ou culpa do FHC.

a) A Diretoria de Abastecimento, ocupada por PAULO ROBERTO COSTA entre 2004 e 2012, era de indicação do PP, com posterior apoio do PMDB;
b) A Diretoria de Serviços, ocupada por RENATO DUQUE entre  2003 e 2012, era de indicação do PT;
c) A Diretoria Internacional, ocupada por NESTOR CERVERÓ entre 2003 e 2008, era de indicação do PMDB.

4 O operador do Partido Progressista, em boa parte do período em que funcionou o esquema, era ALBERTO YOUSSEF. O operador do Partido dos Trabalhadores era JOÃO VACCARI NETO. O operador do Partido do Movimento Democrático Brasileiro era FERNANDO SOARES, conhecido como FERNANDO BAIANO.

d) A quarta forma, adotada sobretudo em épocas de campanhas eleitorais, era a realização de doações “oficiais”, devidamente declaradas, pelas construtoras ou empresas coligadas, diretamente para os políticos ou para o diretório nacional ou estadual do partido respectivo, as quais, em verdade, consistiam em propinas pagas e disfarçadas do seu real propósito.

Em 1o de setembro de 2013, PAULO ROBERTO COSTA, ex-Diretor de Abastecimento da PETROBRAS, depôs e afirmou que, na condição de agente público, recebia vantagens indevidas que, ao final, seriam repassados para partidos e políticos que davam sustentação ao esquema. Em seu Termo de Colaboração 09, ele declarou:

“(...); QUE, esclarece, como dito anteriormente, que sobre a sistemática de repasse de propinas na Petrobras para políticos, o declarante afirma que todos os grandes contratos desta empresa pública participavam empresas (empreiteiras) Cartelizadas; QUE tais empresas fixavam em suas propostas uma margem de sobre preço de cerca de 3% em relação aos contratos da PETROBRAS a serem repassados aos políticos; (...)”.

QUE quanto a VALDIR RAUPP, Senador pelo PMDB de Rondônia, e presidente do partido, no primeiro semestre de 2010, chegou até o declarante a notícia de um pleito de R$500.000,00 (quinhentos mil reais);
 QUE VALDIR RAUPP precisaria de tal quantia para custear sua candidatura ao Senado; QUE quem informou ao declarante que VALDIR RAUPP havia solicitado este valor foi ALBERTO YOUSSEF; QUE YOUSSEF informou ao declarante desta solicitação para que fosse contabilizado da parte do “bolo” devida ao PP;
QUE, melhor explicando, este valor sairia do montante de um por cento que era destinado ao PP a partir dos três por cento acrescentado aos contratos firmados com a Petrobrás dentro da área de abastecimento [...].

“(...) QUE também afirmou que, a pedido de PAULO ROBERTO COSTA, também foi efetuado pela empreiteira  QUEIROZ GALV Ã O doação oficial a VALDIR RAUP, do PMDB, mas cujo valor na realidade se tratava de pagamento indevido decorrente de comissionamento de contrato firmado com a PETROBRAS; (...).”
(...) Assim, o processo sistêmico de distribuição de recursos ilícitos a agentes políticos, notadamente com utilização de agremiações partidárias, no âmbito do esquema criminoso perpetrado junto à PETROBRAS, será objeto de investigação apartada.
Não é de ficar vermelho de vergonha, ou de raiva? Eu me sinto assim e, ao mesmo tempo, cheio de esperanças que, definitivamente, o brasileiro veja e sinta o que está ocorrendo e se posicione contra o fanatismo daqueles que defendem, a qualquer custo, a bandalheira que se instalou no Brasil.
Tenham todos um Bom Dia!

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