sexta-feira, 27 de março de 2015

Acidente da Germanwings

Copiloto deveria estar de licença médica


O copiloto Andreas Lubitz, suspeito de ter derrubado voluntariamente o Airbus A320 da Germanwings, escondeu da companhia aérea que estava em licença médica no dia do acidente. O Ministério Público de Dusseldorf informou que os investigadores alemães encontraram papéis do atestado rasgados na casa dele

O período no qual o copiloto não deveria estar trabalhando compreende a data da tragédia, ocorrida na terça-feira (24). Em um comunicado, a procuradoria alemã não especifica a razão da licença médica, ou seja, de que doença ele sofria para ser considerado incapacitado para exercer as atividades profissionais. Os atestados mencionam “uma doença existente e tratamentos médicos correspondentes”.

O comunicado diz que os documentos “reforçam a tese” segundo a qual Andréas Lubitz, de 28 anos, “escondeu a doença do seu empregador e de seu ambiente profissional”. A procuradoria afirma que nenhuma carta de despedida que indicasse um ato premeditado foi encontrada no apartamento de Lubitz ou na casa dos pais dele, onde o jovem também morava.

Nesta sexta-feira (27), a imprensa alemã revelou que o copiloto, apresentado como praticante de esportes e “muito competente” pelas pessoas que o conheciam, teve uma grave depressão na época do curso para se tornar piloto. O transtorno, ocorrido há seis anos, o levou a interromper o treinamento durante vários meses.

Em 2010, Lubitz retomou o curso e, um ano depois, foi considerado apto a voar. A contratação dele pelo grupo Lufthansa ocorreu em 2013. De acordo com a imprensa alemã, a companhia sabia dos problemas psiquiátricos de Andreas Lubitz. Nesta quinta-feira (26), em coletiva de imprensa, o presidente da Lufthansa, Carsten Spohr, não explicou as razões do afastamento temporário do piloto, dizendo que era uma situação frequente na profissão.

O Airbus A320 caiu na manhã de terça-feira entre Dignes-les-Bains e Barcelonette, nos Alpes franceses. O voo ia de Barcelona, na Espanha, para Dusseldorf, na Alemanha. A tragédia matou todos os 150 ocupantes da aeronave

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