terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Greve dos caminhoneiros

Começa a faltar combustível


A greve dos caminhoneiros chega ao quarto dia e afeta a produção e o abastecimento de algumas regiões do País. Em Betim (MG), a Fiat dispensou 6 mil funcionários dos dois primeiros turnos pelo segundo dia consecutivo. Os manifestantes protestam contra o aumento do preço do diesel e o baixo valor dos fretes nas viagens.
Considerando que a planta produz aproximadamente 3 mil carros diariamente, a paralisação dos dois turnos faz com que pelo menos 2 mil veículos deixem de ser produzidos por dia. Nesta segunda-feira, 23, cerca de 6 mil trabalhadores do segundo e do terceiro turnos já tinham sido liberados. Segundo a Fiat, eles estão sendo dispensados porque o protesto impediu que as autopeças e componentes utilizados na fabricação de veículos chegue no horário programado. A fábrica de Betim está localizada na BR-381 (rodovia Fernão Dias), principal ligação entre São Paulo e Belo Horizonte. A unidade fica em uma região de alta concentração industrial, próxima à refinaria Gabriel Passos da Petrobrás. 

Desabastecimento. O protesto de caminhoneiros começa a provocar desabastecimento em Minas Gerais. No Estado, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), há oito pontos de paralisação dos profissionais em três rodovias, sendo que em alguns deles os trabalhadores estão parados desde o início de domingo, 22. Na região centro-oeste de Minas, já há falta de combustíveis em postos e de frios em supermercados e padarias.

Paraná. A paralisação de caminhoneiros, responsável pelo bloqueio de 37 pontos no interior do Paraná, pode aumentar o desabastecimento que já começa a ser sentido nas cidades de Pato Branco, Dois Vizinhos, Francisco Beltrão e em Foz do Iguaçu (PR). Nessas áreas há denúncias de que alguns locais estão vendendo o litro da gasolina a R$ 5,00. Por causa da greve, os produtores também estão alertas com o risco de cargas perecíveis, congelados e hortifrutigranjeiros também serem perdidos. Em Santo Antônio do Sudoeste as aulas foram suspensas por causa da falta de combustível. Ainda não há um cálculo sobre o total dos prejuízos

Mato Grosso do Sul. O Estado do Mato Grosso do Sul tem seis trechos de rodovias federais fechadas por caminhoneiros nesta terça-feira, 24,. Este é o quarto dia de protesto da categoria em MS. A rodovia mais afetada é a BR-163, que corta o Estado de norte a sul e tem pouco mais de 800 km. Nela, quatro trechos estão bloqueados. 
(Conteúdo/Foto: Estadão)

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