Começa a faltar combustível
A greve dos caminhoneiros chega ao quarto
dia e afeta a produção e o abastecimento de algumas regiões do País. Em Betim
(MG), a Fiat dispensou 6 mil funcionários dos dois primeiros turnos pelo
segundo dia consecutivo. Os manifestantes protestam contra o aumento do preço
do diesel e o baixo valor dos fretes nas viagens.
Considerando que a planta produz aproximadamente 3 mil carros
diariamente, a paralisação dos dois turnos faz com que pelo menos 2 mil
veículos deixem de ser produzidos por dia. Nesta segunda-feira, 23, cerca de 6
mil trabalhadores do segundo e do terceiro turnos já tinham sido liberados.
Segundo a Fiat, eles estão sendo dispensados porque o protesto impediu que as
autopeças e componentes utilizados na fabricação de veículos chegue no horário
programado. A fábrica de Betim está localizada na BR-381 (rodovia Fernão Dias),
principal ligação entre São Paulo e Belo Horizonte. A unidade fica em uma
região de alta concentração industrial, próxima à refinaria Gabriel Passos da
Petrobrás.
Desabastecimento. O protesto de
caminhoneiros começa a provocar desabastecimento em Minas Gerais. No Estado,
segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), há oito pontos de paralisação dos
profissionais em três rodovias, sendo que em alguns deles os trabalhadores
estão parados desde o início de domingo, 22. Na região centro-oeste de Minas,
já há falta de combustíveis em postos e de frios em supermercados e padarias.
Paraná. A paralisação de caminhoneiros, responsável
pelo bloqueio de 37 pontos no interior do Paraná, pode aumentar o
desabastecimento que já começa a ser sentido nas cidades de Pato Branco, Dois
Vizinhos, Francisco Beltrão e em Foz do Iguaçu (PR). Nessas áreas há denúncias
de que alguns locais estão vendendo o litro da gasolina a R$ 5,00. Por causa da
greve, os produtores também estão alertas com o risco de cargas perecíveis,
congelados e hortifrutigranjeiros também serem perdidos. Em Santo Antônio do Sudoeste
as aulas foram suspensas por causa da falta de combustível. Ainda não há um
cálculo sobre o total dos prejuízos
Mato Grosso do Sul. O
Estado do Mato Grosso do Sul tem seis trechos de rodovias federais fechadas por
caminhoneiros nesta terça-feira, 24,. Este é o quarto dia de protesto da
categoria em MS. A rodovia mais afetada é a BR-163, que corta o Estado de norte
a sul e tem pouco mais de 800 km. Nela, quatro trechos estão bloqueados.
(Conteúdo/Foto: Estadão)
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