Assim falou Dilma 2
César Cabral*
Dilma.2 fez, nessa terça feira, 27 de janeiro, sua primeira reunião
ministerial de seu novo mandato; nem tão novo assim. A presidente segundona foi
insuperável, mais uma vez,de si mesma. O espetáculo se deu na granja do Torto (huumm!)
e começou meio enviesado. A produção do mafuá se esqueceu de tirar o brilho
da exuberante maquiagem, o microfone não funcionou e o “teleprompter”
semi-invisível andava mais lento do que seu Raciocínio apesar de funcionar com apena um
único e imbatível neurônio. Mas vestia um não sei lá o que dourado com gola
oriental, cabelo cortado para a ocasião com leves toques de brilho; estava uma fofura
– diria se tivesse suficiente intimidade. Saiu do ar. Voltou e a frente de um fundo de
pedras empilhadas, reclamou,
fez cara feia, manteve seu nariz empinado que nem pandorga e mandou ver sua verborragia grotesca, complexa,confusa pois ainda fala em
dilmês tardio pré cabralino.
Assisti tudo, do início ao fim, como meio de,
martirizando-me, receber uma graça de Tupã e de meus protetores: Sepé Tiaraju, Caipora e a
Teiniaguá. Como meus leitores devem pagar seus pecados cada um a sua maneira, vou apenas
destacar alguns trechos da prosopopeia dilmesca ( Figura em que o orador
atribui o dom da palavra, o sentimento ou a ação a seres inanimados ou irracionais, aos
mortos ou aos ausentes) para não torturá-los ainda mais do que os 200% de juros do
cheque especial.
Dilma.2 disse: Bom, então a minha primeira recomendação para
vocês, que vão compartilhar comigo essa responsabilidade de governar e
desse novo mandato, é trabalhar muito para que que nós possamos dar sequência ao
projeto político que nós implantamos desde 2003, e que está mudando o Brasil, mudando
para muito melhor, porque nós temos menos pobreza, mais oportunidades, temos
uma situação de mais igualdade, mais direitos e cada vez mais democracia.
Depois de nós e mais nós ela reafirma a intenção de não
deixar o governo do Brasil nas mãos de ninguém que não seja do PT, pois é um “projeto
político”. Depois de algumas mentiras - a pobreza não diminuiu; foi estatisticamente
deslocada e nem há mais oportunidades e igualdades e muito menos ainda temos mais
direitos - disse sem explicar que diabos é isso – e não há possibilidade de se
ter mais ou menos democracia, já que ela é um sistema político que desde a antiga Grécia
até os dias atuais tem tido diversos formatos e regimes distintos. Democracia não se
quantifica
“Nós devemos enfrentar o desconhecimento, a desinformação
sempre e
permanentemente. Nós não podemos permitir que a falsa versão
se crie e se alastre. Reajam aos boatos, travem a batalha da comunicação, levem a
posição do governo à opinião pública, a posição do ministério à opinião pública.
Sejam claros, sejam precisos, se façam entender. Nós não podemos deixar dúvidas."
Provavelmente ela se referia à patifaria e as vigarices –
fora os crimes – que a cambada ministerial e outros em altos cargos federais vêm fazendo
como nunca antes “nesçsepais.” (!) Como enfrentar o desconhecimento do que
todo mundo sabe e a desinformação do vem sendo informado, sempre e
permanentemente? O que isso significa? Nada. Definitivamente nada!
Dilma.2 disse: E foi
isso... e foi nisso que a maioria do povo brasileiro,(referindo-se a educação) dos homens e mulheres deste país deram o seu voto,
foi para isso que eles deram seu voto. Este é o meu compromisso, fazer com que o Brasil
nos próximos quatro anos, tenha condições de ter as medidas necessárias para
manter íntegra a estratégia de construir um país desenvolvido, um país próspero, cada
vez mais igual, menos desigual, fazendo tudo o possível para manter e fortalecer o
modelo de desenvolvimento que mostrou ser possível conciliar crescimento econômico,
distribuição de renda e inclusão social.
Misturou alhos com bugalhos somou bananas com abacaxis. Certamente foi com esse “raciocínio” torto – e estava lendo – que deve ter surgido o
tal “slogan” Pátria Educadora. Essa coisa nenhuma, sem pé nem cabeça; abstrata.
Depois de culpar a China, a Europa (como se fosse uma pais)
o Japão e a queda no preço das commodities pela nossa estagnação econômica e
consequente aumento da inflação, ainda culpou a falta de água pela falta de chuvas,
Dilma.2 disse: Diante destes eventos internos e externos, o governo federal cumpriu o seu
papel. Nós absorvemos a maior parte das mudanças, dessas mudanças no cenário
econômico e climático em nossas contas fiscais para preservar o emprego e a renda.
Nós reduzimos nosso resultado primário para combater os efeitos adversos desses
choques sobre nossa economia e proteger nossa população. Agora, atingimos um
limite para isso. Estamos
diante da necessidade de promover um reequilíbrio fiscal
para recuperar o crescimento da economia o mais rápido possível, criando condições para a
queda da inflação e da taxa de juros no médio prazo e garantindo, assim, a
continuidade da geração de emprego e da renda.”
Não há como comentar tanta besteira e nem o que disse a
seguir. Vou concluir com o que há de melhor; de mais Dilma, de mais PT – “Gostaria de
falar para vocês agora -podia passar mais rápido, por favor? -,(teleprompter lento)
que toda vez que se tentou, no Brasil, toda vez que tentaram, no Brasil, desprestigiar o
capital nacional estavam tentando, na verdade… Bom, eu vou preferir ler, sabe?
Estavam tentando, na verdade, diminuir a sua independência, diminuir a sua concorrência e
nós não podemos deixar
que isso ocorra. Nós devemos punir as pessoas e não destruir
as empresas. As empresas, elas são essenciais para o Brasil. Nós temos que
saber punir o crime, nós temos de saber fazer isso sem prejudicar a economia e o
emprego do país. Nós temos de fechar as portas para a corrupção. Nós não podemos, de
maneira alguma, fechar as portas para o crescimento, o progresso e o emprego.
Fico com a impressão, com esses nós temos, nós não podemos,
que a bandalheira toda que ocorre há 12 anos, foi no vizinho, na casa da mãe Joana.
A nossa grama é mais verde do que a deles. “Temos que continuar acreditando na
mais brasileira das empresas, a Petrobras.” O que a Petrobras “fez” para merecer
nossa descrença? Será ela é algum tipo de ser vivo, com vontade própria a fazer
mal feitos por aí? Assim terminou o discurso da primeira reunião ministerial:
ridículo, mentiroso, patético.
Dilma.2 não sai do palanque, do discurso de campanha
eleitoral que 54 milhões de eleitores gostaram e decidiram a vida de 200 milhões de
habitantes brasilinos.
Os eleitores ignorantes (a maioria) e os aproveitadores (os
de sempre), acreditam que votar é um dever cívico, que o voto é a arma do povo, que é
um direito de liberdade.
Democrático. Não é. O voto é obrigatório; se não votar há punição. Portanto ninguém é livre. Porém, há um “jeitinho”; uma condescendência democrática. Se não votar em três eleições o Titulo de Eleitor é cancelado ou então o eleitor paga uma multa calculada em UFIR (quem sabe o que é isso?). É assim: 3% VR (valor de referência) = 3(33,02)/100= 0,9906 *UFIR 0,9906 x R$ 1,0641 (VALOR DA *UFIR EM REAL) = R$ 1,05 (UM REAL E CINCO CENTAVOS). Assim é nossa democracia. Não são passeatas, nem a imprensa, nem redes sociais que nos darão o governo que merecemos. Deve haver outros meios; um deles a “imprensa livre” chama de terrorismo. Eu não sei! O Unabomber, que cumpre prisão perpétua nos EEUU, recomenda: “ bata a onde dói mais.” Pode ser a solução.
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