Je suis Charlie!
A população mundial, desde ontem, tem olhos e ouvidos
voltados para a França, onde fanáticos mascarados assassinaram, friamente, 12
pessoas depois de invadirem a sede da revista Charlie Hebdo. As imagens
mostradas em todos os canais de televisão, escancararam o total descaso dos fanáticos
para com a vida de pessoas que nada fizeram contra eles. O policial assassinado
na calçada, é um exemplo claro e triste da extrema maldade que tomou conta dos
terroristas religiosos.
Aos gritos de “vamos vingar o profeta”, desceram de um carro
e, fortemente armados, foram disparando sua ira contra indefesos jornalistas que
simplesmente usavam da liberdade (?) de imprensa para divulgar e defender suas
posições.
Assassinaram 12 e calmamente voltaram para o carro preto,
estacionado no meio da rua, levando com eles a irracionalidade de um
radicalismo que matou e feriu, não só os que trabalhavam na Charlie Hebdo, mas
o mundo civilizado.
Impossível assistir ao noticiário e não refletir sobre o que
fazer para impedir que atos irracionais como o de ontem se repitam. De que
adiantam as notas oficiais, os lamentos de governantes e entidades se, em
alguns casos, ambos tentam, mesmo que sem metralhadoras nas mãos, calar quem
teima em defender algo que contrarie suas ânsias de poder e domínio?
Fico pensando no que será da humanidade se, em algum
momento, conseguirem, pela força ou, o que é pior, pela mentira, amordaçar aos
que usam canetas e vozes para externar o que pensam e defendem.
Desde ontem, depois que 12 pessoas foram assassinadas brutal
e friamente por fanáticos religiosos, simplesmente por se atreverem a discordar
de seu fanatismo, estou amedrontado e me sentindo impotente diante de tanta
maldade. E o pior de tudo é que, de repente, vejo que o fanatismo não é somente
o religioso. Ele se manifesta em muitos atos e pronunciamentos que já fazem
parte dos nossos dias.
De qualquer maneira, com imensa dor, Je Suis Charlie!
Tenham todos um Bom Dia!
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