terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Bom Dia!

Vai uma medalha ai, meu?

É difícil definir a decisão da deputada do PT, Marisa Formolo, concedendo medalhas a 21 parentes, em solenidade na Assembléia Legislativa.

A coisa se complica quando tomamos conhecimento que, depois de cinco horas de reunião, a executiva do Partido dos Trabalhadores sugeriu que a deputada devolva as medalhas, sob o argumento de que o estatuto do partido é contra, prevendo punições como advertência até expulsão do envolvido.

O presidente do PT, Ary Vanazzi, disse que essa não é a política do partido que “quer preservar o princípio básico da impessoalidade” e já anunciou que a bancada vai rever a concessão de homenagens “tomando decisões coletivas”.

Mesmo tendo participado da reunião, Marisa Formolo não disse se devolverá as medalhas e que só se manifestará depois de ser notificada da decisão partidária. Mas a petista disse, também, que vai conversar com a família antes de informar o que fará.

Ao sair do encontro, a petista deu uma dica do que pretende ao lamentar que “tenham dado tanta importância a essa notícia” mas ressaltou que “precisamos resgatar o papel da família”.

Nesse ponto, resgate do papel da família,  concordo com a deputada Formolo, só que entregar medalhas a 21 familiares, não me parece a melhor forma de buscar este resgate.

Tornar banal um ato que deveria ser solene, é extremamente constrangedor. Imaginem se todos os deputados decidissem entregar medalhas a seus familiares. A despesa, apenas com a confecção delas, seria enorme e, como sempre, paga por nós, contribuintes.

Uma boa solução seria o deputado comprar as medalhas que quisesse entregar. Neste caso, a banalidade poderia transformar a venda de medalhas, como já sugeriu meu amigo Rick Jardim,  em rentável atividade para os camelôs da cidade.

Já pensaram passar na esquina de Porto Alegre, ou na volta do Mercado e ouvir o camelô, diante de um balaio cheio, gritando: “Vai uma medalha aí, meu?”

Tenham todos um Bom Dia!

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