O mar, quando quebra na praia...
Os versos de Dorival Caymmi retratam muito bem a beleza que
é ver o mar quebrando na praia e deixando sua espuma branca sobre a areia. Molhar
os pés, quase encobertos pela areia, é uma sensação de muita tranquilidade.
Faz mais de duas semanas que estou na praia. Vim curtir
uns dias das minhas férias, sem carro, com internet lenta, sem me preocupar com
o relógio e usando o celular só em caso de necessidade. Ligo a televisão apenas
para ver o noticiário. Na maior parte do dia, cuido das plantas, da grama, da
casa e faço caminhadas, normalmente na beira da praia. Uma comidinha e uma
cervejinha gelada, que ninguém é de ferro.
Por mais incrível que possa parecer, quase consigo desligar
da onda de corrupção que tomou conta do governo brasileiro. Por momentos
esqueço que estão destruindo, ou roubando, a Petrobras, não lembro do infeliz
relatório que um petista leu sobre a CPMI da petrolífera brasileira, desconecto
de Dilmas, Lulas, e outros tantos iguais que lutam por transformar o Brasil num
feudo onde só eles mandem e, principalmente, desmandem para manter a corrupção
que dizem combater. Milionários, seguem enganando, ou tentando, os pobres e
aqueles que, de alguma forma, querem ser enganados.
Aqui consigo ficar longe, sem me alienar, das
barbaridades que muitos teimam em defender. Quem sabe o barulho das ondas do
mar, o canto dos passarinhos, e o silêncio quase absoluto da minha rua,
contribuam para que eu consiga ver e sentir que existem muitas coisas boas no
mundo. Quem sabe eu entenda melhor a vida, que seria maravilhosa não fosse
aqueles que fazem de tudo param destruí-la.
Aqui, sentindo o sol queimando minhas costas, um calor
que briga com uma brisa que vem do oceano, entendo melhor os versos definitivos
de Caymmi, cantados em O Mar.
“O mar, quando quebra na praia, é bonito, é bonito!
Agora, vou pegar meu guarda-sol, minha cadeira, um livro,
e vou para a beira do mar curtir aquilo a que tenho direito: a paz!
Tenham todos um Bom Dia!
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