terça-feira, 25 de novembro de 2014

Bom Dia!

Transporte coletivo

Foto: Jornal do Comércio/RS
Reconheço que não sou um expert em questões de transporte coletivo. Sou, digamos assim, um usuário interessado em contar com um bom serviço. Como já disse aqui mesmo, tenho usado o serviço de ônibus e sou obrigado a reconhecer que, se não é o ideal, está muito longe de ser classificado como ruim.

Nesta segunda-feira, uma segunda tentativa de iniciar um processo de licitação, acabou novamente esvaziada já que nenhuma empresa se habilitou à concorrência. Convencido de que as empresas definitivamente não estão interessadas no assunto, o prefeito Jose Fortunati já avisou que aplicará um plano B, ou seja, vai licitar o transporte por linhas e não mais por bacias.

Nesta terça-feira, o gerente-executivo da ATP, já informou que a associação considera a medida “um retrocesso”, já que, no entendimento dos permissionários, os consórcios permitem melhor relação custo-benefício.

Não quero entrar na briga, pois acho que as partes devem ter suas razões; a prefeitura as delas e a ATP também. Mas uma parte das declarações do gerente-executivo me deixou um tanto quanto cismado. Disse ele que com o atual preço da tarifa, R$ 2,95, é impossível renovar a frota, e defendeu uma tarifa de R$ 3,15. E justifico minha cisma por imaginar que a questão toda está exatamente no preço da tarifa. Chego a pensar que, caso o edital deixasse a questão em aberto, ou seja, previsse a possibilidade de um aumento na tarifa, os atuais permissionários participariam da licitação. Mas é só um palpite.

A propósito, quando vou para o centro, passo por várias fachadas e por vários muros pichados durante a última manifestação contra o aumento da passagem. São frases pedindo que a tarifa fosse rebaixada. Foi um movimento, naquela época, liderado pelo PSol, mais precisamente pelos vereadores Pedro Ruas e Fernanda Melchiona. Quem não lembra dos dois agitando e comandando os manifestantes no enfrentamento com a prefeitura e com a ATP?

Pois agora, quando a situação se agrava e o prefeito decide, pela primeira vez, licitar a concessão para o transporte coletivo, nenhuma palavra dos combatentes parlamentares. Será que perderam o discurso, não têm mais interesse na questão, ou já não estão precisando dos votos, como precisavam nas manifestações passadas.

Tomara que tudo se resolva e que a população, os trabalhadores que, ao final de tudo, são os maiores interessados num transporte de qualidade e preço justo, não acabem pagando um alto preço pelo que não provocaram.

Tenham todos um Bom Dia!

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