Delator envolve mais dois diretores
Em depoimentos ao Ministério Público Federal e Polícia
Federal, o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que fez parte da cúpula da empresa entre 2004 e 2012, disse que o esquema de
desvios de recursos na estatal não era exclusivo de sua área de atuação.
Costa disse que nas áreas da Diretoria de Serviços,
ocupada por Renato Duque, indicado pelo PT e um dos membros mais próximos da
cúpula petista no governo Lula, e na área internacional, comandada por Nestor
Cerveró, havia um esquema de corrupção muito grande.
Cerveró , apadrinhado de Renan Calheiros (PMDB) e Delcídio Amaral (PT), foi um dos responsáveis pela compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, e que segundo o TCU, causou um prejuízo de R$ 1,7 bilhão à Petrobras.
Já o diretor Renato Duque, considerado o mais próximo do PT, sempre manteve boas relações e proximidade com o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto.
Os novos depoimentos de Paulo Roberto Costa acenderam o sinal de alerta na equipe presidencial e no grupo que trabalha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff. O temor é que o ex-diretor use a delação premiada para divulgar informações que resultem em uma pena mais branda para ele, mas que acabem prejudicando a campanha petista.
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