Fazendo política sem classe e sem argumentos!
Tenho acompanhado, e muito, os desdobramentos das diversas
campanhas eleitorais, principalmente para a presidência, governos estaduais e
senador. Confesso que estou realmente impressionado com o nível que alguns políticos,
muitos deles antigos em disputas eleitorais, estão usando na campanha. É muito
triste sentir e ver o desespero com que alguns tentam se agarrar ao poder, a
qualquer custo. Tudo é válido para tentar passar por cima dos adversários. Sem
qualquer escrúpulo.
Tenho os jornais do dia na minha gente e leio, juro que
entristecido, mais uma vez o líder do MST, o conhecido e famigerado João Pedro
Stédile, fazendo ameaças aos candidatos que ele imagina que possam ser eleitos
em outubro. Já tinha ameaçado fazer uma revolução caso Aécio Neves fosse
eleito. Em mais um acesso de fúria, desespero e destempero, ameaçou a candidata
Marina Silva. Prometeu o tristemente conhecido líder do Movimento dos Sem Terra
que, caso Marina seja eleita, fará protestos diários em frente à Petrobras. “A
dona Marina que invente de colocar a mão na Petrobras, que voltaremos aqui
todos os dias”, ameaçou furioso.
O que mais impressiona, é que Stédile fez uma dura crítica
ao leilão de Libra, amplamente defendido por Dilma, afirmando que “queremos que
pare a terceirização, que parem os leilões”. Mas logo após, ao lado de Lula, quem
sabe se dando conta do que havia dito, completou: “Temos de voltar a eleger a
companheira Dilma, que é a única capaz de defender o pré-sal”. Lamentável!!!!
Aqui, o velho político Olívio Dutra (PT), que insiste em
mostrar que anda de ônibus e mora no IAPI, que já foi prefeito, governador que
mandou a Ford pra Bahia, deputado constitucionalista (alguém lembra de algum
projeto dele para a Constituição?) e agora é candidato ao Senado, provavelmente
sem ter projetos ou argumentos, durante um debate na Rádio Guaíba, mostrou um
jornal de 1966, destacando a participação de seu adversário Lasier Martins no
lançamento do “diretório da mocidade da Arena” em Porto Alegre.
Acho que o candidato petista não lembra, mas em 1966 Paulo
Maluf, grande aliado do PT atualmente, já era conhecido como integrante
ativista da Arena. José Sarney, aliado e homem forte no governo do PT, estava,
em 1966, ao lado da Arena, defendendo a ditadura. Que o PP, partido que se
originou na Arena, faz parte da base aliada de Dilma.
Então, é muito difícil esperar que alguns políticos,
inoculados pelo vírus do poder ditatorial que tomou conta do Brasil tenham,
pelo menos, um pouco de classe e de argumentos sérios. Apelar para a baixaria e
para os discursos rasteiros, é bem mais fácil.
Tenham todos um Bom Dia!
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