Fora da realidade, ou sem noção!
Tenho um amigo que mora no interior do Estado, aposentado, e
que recebe um salário mínimo (R$ 724,00) como benefício, mensalmente. Com uma
certa idade, tem problemas de diabete e hipertensão. Com o pouco recurso que
dispõe para viver, faz uso do atendimento médico disponível no Centro de Saúde
onde, como diz, é sempre bem tratado pelos funcionários. O mesmo não se estende
aos médicos que, normalmente, atendem de má vontade e não dispensam qualquer
atenção maior aos pacientes.
Foi assim na semana passada quando procurou atendimento já
que tossia muito e tinha pernas e braços muito inchados. Sentou na frente do médico
que, sem levantar a cabeça, perguntou o que ele sentia e disse que aquilo não era
nada, que precisava apenas trocar de antibiótico. Quando perguntou sobre o
inchaço, o médico disse, sem olhar para ele, que com o novo remédio o problema
passaria.
A partir daí, é que os problemas se avolumam. Ao chegar na
farmácia com a receita do novo antibiótico, ficou sabendo que um genérico do
produto custava R$ 75, ou seja, mais do que 10% do que ganha mensalmente, só
por uma caixa de remédio. Foi obrigado a comprar, usou o antibiótico e seguiu
com os mesmos problemas.
Através de um amigo, consultou um médico especialista que,
depois de examiná-lo, constatou que ele tinha uma violenta retenção de líquidos
e que estava com um edema pulmonar. Fez o tratamento adequado, com medicamento
fornecido pelo médico e já está melhor.
A pergunta que eu faço, é a seguinte: um médico que atende
pelo SUS e que trata de pessoas normalmente sem condições financeiras, além de
não examinar o paciente, pode receitar um medicamento que custa quase R$
100,00? Em que mundo vive o Dr.?
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