É o maior em mais de 3 anos
A taxa média de juros cobrada das famílias pelos bancos subiu pelo sexto mês
seguido em junho, para 43% ao ano – e atingiu o maior patamar da série
histórica do Banco Central, que começa em março de 2011. A alta aconteceu mesmo
depois que o BC parou de elevar os juros básicos da
economia, o que levou as instituições financeiras a pagarem
juros menores para captar recursos no mercado.
Entre abril do ano
passado e maio deste ano, o BC subiu a taxa de juros de 7,25% para 11% ano, um
aumento de 3,75 pontos percentuais. Nesse período, a taxa de captação dos
bancos, nas operações com pessoas físicas, subiu um pouco menos: 3 pontos
percentuais, para 12% ao ano em maio de 2014.
Já as taxas de
juros cobradas pelos bancos de seus clientes subiram bem mais: entre abril de
2013 e maio deste ano, essa taxa avançou 8,1 pontos percentuais, para 42,5% ao
ano em maio. A taxa se refere aos recursos livres para pessoas físicas.
Em junho os juros
bancários de pessoas físicas avançaram novamente, ao mesmo tempo em que houve queda da inadimplência nas
operações com pessoas físicas e
também da taxa de captação (ou seja, quanto as instituições pagam pelos
recursos no mercado) para 11,7% ao ano nas operações com pessoas físicas.
'Spread bancário'
O aumento dos juros bancários com intensidade maior que a alta da taxa básica, e não repasse do corte da taxa de captação em junho, gerou o aumento do chamado spread bancário (diferença entre o que os bancos pagam pelos recursos e o que cobram dos clientes).
O aumento dos juros bancários com intensidade maior que a alta da taxa básica, e não repasse do corte da taxa de captação em junho, gerou o aumento do chamado spread bancário (diferença entre o que os bancos pagam pelos recursos e o que cobram dos clientes).
O spread é
composto pelo lucro dos bancos, pela taxa de inadimplência, por custos
administrativos, pelos depósitos compulsórios e pelos tributos cobrados pelo
governo federal, entre outros.
Em abril do ano
passado, antes do início do processo de alta dos juros básicos da economia, o
spread bancário nas operações com pessoas físicas estava em 25,4 pontos
percentuais. Em junho deste ano, já estava em 31,3 pontos percentuais – o maior
valor da série histórica do BC, que começa em março de 2011. (Com G1/conteúdo)
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