domingo, 6 de julho de 2014

Ditadura

Repressão em Cuba quase triplica em 6 meses

Segundo a Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, detenções temporárias de opositores aumentaram 175,5%

As “prisões relâmpago” são consideradas as principais ferramentas do governo de Raúl Castro para reprimir seus opositores. São comuns de ocorrer durante manifestações contra o regime e anteriormente a reuniões ou eventos que possam resultar em protestos, como missas católicas e outros tipos de agrupamentos sociais. De acordo com o mais recente relatório da CCDHRN, publicado na terça-feira pela entidade, entre janeiro e junho de 2014, 5.904 prisões de dissidentes ocorreram em Cuba. No mesmo período de 2013, foram 2.143 casos – uma elevação de 175,5%.
As autoridades cubanas, segundo o diretor da entidade, Elizardo Sánchez, usam as prisões para tirar os dissidentes de circulação, com a intenção de evitar suas reuniões.
“Esses números não são abstratos. Estão indicando uma situação real de deterioração de Cuba, que é geral. Junto com a deterioração da economia também piora a situação política interna: aumenta a pobreza da grande maioria e também aumenta o descontentamento; e é natural que isso se manifeste. O governo, em vez de fazer reformas que o país precisa, somente responde com repressão. Por isso as cifras são tão altas”, afirmou Sánchez ao Estado.
O diretor da Unpacu, José Daniel Ferrer, afirmou que sua última prisão temporária, no dia 28, foi “bastante violenta” – e outros 11 dissidentes, incluindo sua filha de 16 anos, foram presos. Ferrer relatou que organizava diante de sua casa, em Santiago, uma exibição de vídeos musicais – que integra uma estratégia da Unpacu para “atrair a simpatia dos cidadãos descontentes com o sistema” posta em prática há dois meses – quando as autoridades chegaram, por volta das 23h30, e tentaram apreender os equipamentos de áudio e vídeo. (Agência Estado)

Nenhum comentário:

Postar um comentário