terça-feira, 15 de abril de 2014

Refinaria de Passadena

Graça Foster disse que compra “não foi um bom negócio”
Graça Foster - Foto: Veja
A presidente da Petrobrás, Graça Foster, afirmou nesta terça-feira, 15, que a compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA) não foi um "bom negócio" para a estatal. Em audiência no Senado para explicar denúncias contra a companhia, Graça repetiu que o resumo executivo que embasou a decisão do conselho não fazia menção a cláusulas "extremamente importantes" para a tomada de posição da estatal.
"De todas as leituras e as vezes que vi o ex-presidente da Petrobrás (Sérgio Gabrielli), eu não o ouvi dizendo que foi um excelente negócio. O que ele disse é que na época foi considerado um bom negócio", afirmou. "Não há como reconhecer na presente data que se tenha feito um bom negócio", complementou.

Em 3 de fevereiro de 2006 o Conselho Administrativo da Petrobrás, à época presidido por Dilma Rousseff, autorizou a compra de 50% de Pasadena. Em 2012, a estatal concluiu a compra da refinaria, pela qual pagou US$ 1,25 bilhão, segundo Graça. Naquele ano começavam a vir à tona as dúvidas sobre o negócio, agora alvo de investigações da Polícia Federal, Tribunal de Contas da União (TCU) e Controladoria-Geral da União (CGU).

Nesta terça, a presidente da estatal voltou a dizer que o resumo técnico encaminhado ao conselho não tinha cláusulas importantes sobre a unidade e, sem elas, não era possível fazer a análise adequada do negócio. "Nós hoje não encaminharíamos a compra da refinaria se tivéssemos todos esses dados sobre a mesa", disse, ao citar que a diretoria da empresa não tinha a seu dispor as cláusulas Put Option e Marlim. Segundo ela, se o negócio fosse hoje, a atual diretoria não aprovaria a operação.(Agência Estado)

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