quinta-feira, 20 de março de 2014

Bom Dia!

A culpa é sempre dos outros!
Quando era ministra da Casa Civil e presidia o conselho de administração da Petrobras, Dilma Rousseff, votou pela compra de 50% da refinaria de Pasadena, no Texas. O negócio foi feito, em 2006, por US$ 360 milhões. O detalhe é que um ano antes a refinaria havia sido adquirida por outra empresa por US$ 42,5 milhões, em sua totalidade. Uma pequena diferença de US$ 317,5 milhões. Um grande negócio...para os gringos, é claro!
Mais tarde (2012), por força do contrato firmado quando da compra da metade da refinaria, que na época era considerada obsoleta e estava sob investigação, a Petrobras foi obrigada a ficar com 100% da unidade que, até então, era dividida com a belga Astra Oil. No total, a empresa brasileira acabou pagando US$ 1,18 bilhão, ou seja, algo em torno de R$ 2,76 bilhões.
Dilma, que hoje é presidente do Brasil, disse que só apoiou a medida, isto é, autorizou o negócio, por ter recebido “informações incompletas de um parecer técnica e juridicamente falho”. Ela disse que só tomou conhecimento das falhas na documentação dois anos depois. Uma nota da Secretaria de Comunicação da Presidência, diz inclusive que Dilma deu voto favorável ao negócio sem saber de cláusulas do contrato que “seguramente não seriam aprovadas pelo conselho”. Na ocasião, faziam parte do colegiado os então ministros Antonio Palocci (Fazenda) e Jaques Wagner (Relações Institucionais) hoje governador da Bahia. Representantes do PT no conselho, eles votaram pela realização do negócio.
O Brasil ficou estarrecido quando o então presidente Lula, referindo-se ao mensalão, disse que “não sabia de nada”, embora as negociações acontecessem no andar debaixo de seu gabinete. Pois agora, Dilma Rousseff, que era ministra da Casa Civil, presidente do conselho de administração da Petrobras e hoje é presidente do Brasil, diz que autorizou uma despesa de US$ 1,18 bilhão, ou R$ 2,76 bilhões, para comprar uma refinaria obsoleta, baseada em “informações incompletas” de um parecer “técnica e juridicamente falho”.
Vamos parar de brincadeira, gente! Vamos ter um pouco mais de seriedade com o dinheiro do povo! Será que alguém, minimamente consciente, acredita que alguém que ocupa um cargo no ministério, que comanda o conselho da maior estatal do governo, possa autorizar uma despesa de mais de R$ 2 bilhões, baseada em “informações incompletas e falhas”? E será que, mais uma vez, vamos ter que conviver com a impunidade de quem não tem nenhuma responsabilidade com o que é nosso e que, quando é flagrado em negociações no mínimo obscuras, joga a culpa nos outros?
Sinceramente, estou cansado de tomar conhecimento das maiores falcatruas, das maiores negociatas e, ao final, ouvir o envolvido, direta ou indiretamente, afirmar que a culpa é dos outros. No Brasil, entre os governantes e autoridades públicas, atualmente a culpa sempre é dos outros.

Fiquem com Deus e tenham todos um Bom Dia!

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