Juros de 700% no cartão de crédito
Sou um cara solidário. Sou daqueles que divide problemas e
soluções e que entende que os privilégios estão reservados para poucos, para
quem tem como ser diferenciado. Falo isso para dizer que compartilho com a maioria
da população que está em Porto Alegre, o sofrimento com o calor intenso que
transforma nossa cidade num verdadeiro forno, daqueles com altíssima
temperatura. Como não sou o único, não vou falar no calor que complica a vida,
o trabalho e o sono de todos nós. Sofro junto.
Mas não sei se a informação dos jornais de hoje não é muito
mais quente do que a temperatura que estamos sentindo. Fiquei sabendo que a
taxa do crédito rotativo no Brasil alcança em média 280% ao ano, ou seja, o
juro no cartão de crédito aqui é o maior das Américas, superando em seis vezes
a taxa média cobrada no Peru, segundo colocado.
E tem mais. Conforme a empresa que fez a pesquisa,
juntamente com a Fundação Getúlio Vargas, foram encontrados juros de 700%. Um
pouco mais e os índices atingirão 1.000%.
Se bem que o Banco Central diz que obriga as empresas a
comunicar aos clientes sobre o juro cobrado, mas não estabelece teto. Já a
Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor afirma que nenhum órgão regulador “tem
poder para controlar o juro determinado pelo mercado”. Cabe ao usuário,
conforme a SNDC, trocar de companhia caso considere o valor elevado.
Assim como fiz no começo deste comentário, vou sugerir a
todos os que estão lendo, que pensem bem antes de tomar alguma medida contra os
cartões de crédito e seus juros de, no mínimo, 280%. Todos correm o risco de,
em não suportando tais valores, serem obrigados a usar o cheque especial. Se
bem que, neste caso, o custo fica em apenas 256,33%.
E querem que a gente acredite que este é um país sério, com
uma economia estável e em pleno desenvolvimento. Se bem que para os que recebem
aquelas Bolsas criadas pelo PT, deve estar muito bom. Provavelmente nunca pagarão
os juros astronômicos do cartão de crédito.
Fiquem com Deus e tenham todos um Bom Dia!
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