segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Bom Dia!

Rubens Minelli
Quando se tem 72 anos, a quantidade de histórias que se tem para contar é muito grande. São fatos, passagens de vida, momentos da profissão que vão ficando guardados na memória e, alguns, até no coração. Minha história de vida, em se tratando destes momentos, não é muito diferente. Como jornalista, que sou desde os 19 anos, vivi muitos momentos inesquecíveis, participei de fatos e conheci pessoas. Com algumas criei uma relação que dura até hoje. Ficamos amigos.
Ontem, quando estava no Beira Rio aguardando a comitiva de jornalistas estrangeiros que vieram a Porto Alegre numa promoção da FIFA para conhecer a cidade, o Centro Oficial de Treinamentos (Arena) e o local dos jogos do Mundial (Beira Rio), vivi um destes momentos que me mostrou o quanto vale a pena exercer a profissão que exerço, com muito orgulho, faz mais de cinqüenta anos.
Antes quero contar que em 1975, quando era repórter esportivo da Rádio Farroupilha, tive a oportunidade de conhecer duas pessoas incríveis e diferenciadas, dois profissionais do futebol: Rubens Minelli e Gilberto Tim. Eles foram os responsáveis pela formação de um time fantástico: Manga, Cláudio, Figueroa, Hermínio e Vacaria – Caçapava, Falcão e Carpegianni – Valdomiro, Flávio e Lula. Foi o Inter que venceu, pela primeira vez, o Campeonato Brasileiro de Futebol, gol de Figueroa, contra o Cruzeiro. Nesta partida jogaram Valdir, Chico Fraga e Jair. Eu estava lá
Pois ontem, 38 anos depois, tive a alegria de rever e abraçar o grande comandante daquele time, o treinador Rubens Minelli. Com 85 anos, aposentado, ele veio ver de perto o local onde viveu tantos momentos de glória como técnico de futebol. Confesso, com orgulho, que senti o “professor” emocionado quando lembrou de mim e daquele tempo. Muito mais quando falamos de Gilberto Tim, uma pessoa especial que já nos deixou.
Depois da foto que tirei ao lado dele, fiquei lembrando de sua chegada ao Beira Rio. O presidente do Inter era Heraldo Hermann que, depois da conversa com Minelli, pediu que fossem até a sala da presidência para assinatura do contrato. Minelli, numa demonstração de todo o seu caráter, disse ao presidente que “depois da conversa que tivemos, não preciso de contrato”, e trabalhou todo o tempo no Colorado sem qualquer tipo de documento assinado. Num tempo em que os treinadores, antes de qualquer assinatura acertam como será a multa na rescisão, fico pensando no tipo de profissional que tive a honra de abraçar: Rubens Minelli.

Pedindo a protyeção de Deus, desejo a todos um Bom Dia!

Nenhum comentário:

Postar um comentário