Governo
mantém exigência e pode salvar Kombi
O
ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta terça-feira que o
governo vai manter o cronograma que prevê a obrigatoriedade de fabricação de
100% dos veículos nacionais, a partir de 2014, com airbag e freios ABS como
itens obrigatórios. Ele afirmou, contudo, que pode ser criada uma
excepcionalidade para a Kombi, o que daria mais dois ou três anos de vida para
o veículo. Segundo o ministro, que esteve reunido hoje com montadoras
e sindicatos, a extinção da Kombi causará muitas demissões no setor.
"É
um produto que não tem concorrente e não tem como se adaptar. Este é o maior
problema que identificamos, porque a Kombi será extinta e é onde haverá mais
demissões. Vai ser estudado, não há decisão, podemos criar uma
excepcionalidade", afirmou. Segundo Mantega, até o momento, todas as
empresas concorrentes concordaram com essa exceção, mas a decisão ficará para a
próxima semana.
Na quinta-feira passada, o ministro havia se mostrado indeciso sobre a nova regra de segurança.
Ele chegou a afirmar que o governo poderia adotar um escalonamento para a
entrada em vigor da medida.
Na
reunião desta terça, contudo, Mantega destacou que o cronograma dos itens
de segurãnça não muda. "Não vamos modificar o calendário do Contran, 100%
dos automóveis terão de ter ABS e airbag." Mantega disse ainda que as
empresas vão se comprometer a absorver os trabalhadores que podem ser demitidos
por conta da mudança.
"Vão
promover absorção de trabalhadores dentro da própria fábrica ou mesmo outras
fábricas se comprometeram a ajudar, minimizando o problema maior, que fica nas
autopeças."
Ele
afirmou também que a questão da "rastreabilidade" de autopeças,
prevista no programa Inovar-Auto, irá minimizar o problema do desemprego nesse
setor. "Isso vai aumentar a produção nacional e haverá compensação pela
desativação de linhas antigas." Outra medida pode ser a redução de imposto
de importação, temporariamente, para peças que não tenham similar nacional.
Também
se discutiu a possibilidade de se facilitar a entrada de carros elétricos
no País. "Mas temos ainda de estudar isso. Não há nenhuma decisão."
Segundo
o ministro, essas e outras questões serão estudadas e será apresentado um
conjunto de soluções na próxima segunda-feira, quando haverá nova reunião entre
governo e representantes do setor.
IPI. Em relação à recomposição
das alíquotas de IPI, Mantega afirmou que o governo não voltará atrás nessa
questão e que o imposto vai subir mesmo, pois essa não é uma solução para o
setor. (Agência Estado)
Nenhum comentário:
Postar um comentário