terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Airbag e ABS

Governo mantém exigência e pode salvar Kombi
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta terça-feira que o governo vai manter o cronograma que prevê a obrigatoriedade de fabricação de 100% dos veículos nacionais, a partir de 2014, com airbag e freios ABS como itens obrigatórios. Ele afirmou, contudo, que pode ser criada uma excepcionalidade para a Kombi, o que daria mais dois ou três anos de vida para o veículo. Segundo o ministro, que esteve reunido hoje com montadoras e sindicatos, a extinção da Kombi causará muitas demissões no setor.
"É um produto que não tem concorrente e não tem como se adaptar. Este é o maior problema que identificamos, porque a Kombi será extinta e é onde haverá mais demissões. Vai ser estudado, não há decisão, podemos criar uma excepcionalidade", afirmou. Segundo Mantega, até o momento, todas as empresas concorrentes concordaram com essa exceção, mas a decisão ficará para a próxima semana.
Na quinta-feira passada, o ministro havia se mostrado indeciso sobre a nova regra de segurança. Ele chegou a afirmar que o governo poderia adotar um escalonamento para a entrada em vigor da medida.
Na reunião desta terça, contudo, Mantega destacou que o cronograma dos itens de segurãnça não muda. "Não vamos modificar o calendário do Contran, 100% dos automóveis terão de ter ABS e airbag." Mantega disse ainda que as empresas vão se comprometer a absorver os trabalhadores que podem ser demitidos por conta da mudança.
"Vão promover absorção de trabalhadores dentro da própria fábrica ou mesmo outras fábricas se comprometeram a ajudar, minimizando o problema maior, que fica nas autopeças."
Ele afirmou também que a questão da "rastreabilidade" de autopeças, prevista no programa Inovar-Auto, irá minimizar o problema do desemprego nesse setor. "Isso vai aumentar a produção nacional e haverá compensação pela desativação de linhas antigas." Outra medida pode ser a redução de imposto de importação, temporariamente, para peças que não tenham similar nacional.
Também se discutiu a possibilidade de se facilitar a entrada de carros elétricos no País. "Mas temos ainda de estudar isso. Não há nenhuma decisão."
Segundo o ministro, essas e outras questões serão estudadas e será apresentado um conjunto de soluções na próxima segunda-feira, quando haverá nova reunião entre governo e representantes do setor.
IPI. Em relação à recomposição das alíquotas de IPI, Mantega afirmou que o governo não voltará atrás nessa questão e que o imposto vai subir mesmo, pois essa não é uma solução para o setor. (Agência Estado)

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