quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Troca de AM para FM

Dilma assina decreto que permite mudança

A presidente Dilma Rousseff assinou nesta quinta-feira (7) decreto que permitirá que as rádios AM migrem para a banda FM.
A permissão foi anunciada durante evento no Palácio do Planalto pela presidente e pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.
De acordo com o ministro, o decreto pavimenta um "caminho próspero para o setor", que via sua audiência cair ao longo dos anos.
O processo de migração não será obrigatório. Para mudar de faixa, as rádios interessadas terão de comunicar interesse ao ministério a partir de 1º de janeiro do ano que vem. Todo o trâmite deve durar de quatro a cinco meses. A partir daí, o governo, por meio da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), vai verificar se há espaço para encaixá-las na faixa FM.
Se em alguma região do país não houver possibilidade de migrar todas as interessadas --o que pode ocorrer nas grandes cidades, como São Paulo e Campinas-- as empresas de rádio terão de aguardar o processo de digitalização das TVs, que, segundo ministro, deve demorar cerca de um ano e meio.
Quando isso ocorrer, os canais 5 e 6, que hoje são de TV, poderão ser usados para transmissão das rádios remanescentes desse processo de migração.
O ministro diz que essa medida será capaz de atender a todos os interessados, uma vez que cada canal de TV pode abrigar cerca de 20 estações de rádio.
"Estimamos que 1.700 rádios devem pedir a migração. Então vamos ter aí uma correria boa. Estamos marcando a migração para janeiro para dar tempo de fazer o planejamento todo", disse.
Hoje, 1.772 emissoras operam na frequência AM, segundo o governo. Elas estão divididas de acordo com o alcance: local, regional ou nacional.
O problema é que, por enquanto, os rádios disponíveis no mercado não conseguem sintonizar essas novas estações.
Como essa faixa não era prevista para esse uso, os modelos oferecidos atualmente no mercado ainda não a reconhecem.
O Governo informou que já iniciou diálogo com a indústria para que rádios adaptados sejam lançados, com mesma variedade e valores semelhantes aos vendidos hoje.
Prazo e celulares
Para Paulo Bernardo, esse a migração não pode ocorrer imediatamente porque é preciso um planejamento, não só de governo, mas empresarial.
"Não adianta mudar amanhã, tem de fazer com planejamento. As empresas têm de comprar transmissores novos. Já me disseram que isso custa de R$ 35 mil a R$ 50 mil", afirmou. "Também tem que ter um período de transmissão simultânea, porque você vai mudar para FM, mas seu ouvinte da AM quer saber disso."
Pelas regras do governo, as rádios poderão operar em AM e FM, simultaneamente, por até cinco anos.
A proposta de decreto para migração das rádios já era prevista pelo governo desde junho desde ano, mas foi anunciada apenas hoje, Dia do Radialista.

Com essa mudança, as rádios poderão também ser ouvidas por meio de dispositivos móveis, como celulares, que hoje sintonizam principalmente as estações FM. (Conteúdo/Agência Folha)

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