domingo, 17 de novembro de 2013

Henrique Pizzolato

Petista foragido montou caixa do mensalão
Criminoso condenado e foragido da Justiça, o petista Henrique Pizzolato – agora na lista de procurados da Interpol - teve papel central no abastecimento do mensalão. Ele permitiu o desvio de mais de 77 milhões de reais para o esquema criminoso, e embolsou ao menos 326.000 reais em propina. Pizzolato deixou o Brasil semanas antes de o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar sua prisão por seu envolvimento no esquema do mensalão. O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil (BB) aproveitou-se de sua cidadania italiana e fugiu para a Europa. Só depois que a prisão foi decretada, entretanto, é que a trapaça veio à tona. O ingresso do foragido na lista da Interpol, que é praxe em casos do tipo, precisa ser pedido pelo Ministério da Justiça.

Pizzolato teve uma função primordial no esquema do mensalão porque permitiu o abastecimento financeiro do esquema criminoso. As fraudes comandadas por ele no fundo Visanet somam 73,8 milhões de reais - valor que foi desviado para empresas do publicitário Marcos Valério com a utilização de notas frias. Outros 2,9 milhões foram pagos indevidamente, como bônus, a uma das agências de Valério. Do núcleo publicitário, o dinheiro era distribuído a parlamentares da base aliada.

O petista também admitiu ter recebido um envelope com 326.000 reais no Banco Rural. Os recursos foram oferecidos por Marcos Valério. Pizzolato diz que apenas transportou o objeto até o PT: "Eu não sabia que era dinheiro. Fui usado", disse ele. O Supremo Tribunal Federal não acreditou na farsa.
Henrique Pizzolato foi considerado culpado dos crimes de peculato, corrupção ativa e formação de quadrilha. Com sua pena de doze anos e sete meses de prisão, o mensaleiro iniciaria o cumprimento da pena em regime fechado. Ficaria pelo menos dois anos e um mês encarcerado.

Agora, Pizzolato deve sustentar a tese lunática de que foi vítima de um julgamento de exceção, sem respeito à ampla defesa. O petista anunciou, em carta, que vai pedir um novo julgamento na Justiça italiana - a mesma que, segundo o próprio PT, agiu de forma persecutória ao condenar o terrorista Cesare Battisti.(Com Veja/conteúdo)

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