Muito dinheiro e pouco gol
Olha eu ai, de novo, falando em futebol. Acontece que uma
coisa chama a outra. Digo isso para lembrar meu comentário de terça-feira sobre
o que ganham os jogadores de futebol. Repito que não tenho nada contra uma
pessoa ganhar muito, desde que, é claro, justifique o que ganhe. Não concordo,
por exemplo, que num país onde um magistrado ganhe cerca de R$ 30 mil por mês,
um jogador de futebol ganhe R$ 400, e um treinador R$ 700 mil. Particularmente,
considero um absurdo. Mas tem quem apóie e defenda.
Como me referi a um jogador do Grêmio, no meu comentário
passado, volto a ressalvar que o mesmo se aplica a muitos jogadores do Inter e
praticamente a todos os clubes brasileiros, os considerados grandes.
Fiquei sabendo que fui modesto ao considerar que o jogador
referido ganhava um salário de R$ 200 mil por mês. Na realidade, o Grêmio paga
quase R$ 400 mil para que ele faça gols, mas ele não faz. Ontem o tricolor
completou 490 minutos sem marcar um único gol. Considerando-se que uma partida
tem 90 minutos, veremos que são quase cinco partidas e meia sem chegar ao gol
adversário. Alguém sabe como justificar este tipo de coisa? Ganhar quase R$ 400
mil todos os meses e não cumprir com sua obrigação, não é demais?
Assim como me parece demais a maneira como a crônica
esportiva trata o futebol e seus resultados. Em praticamente todos os comentários
que li sobre a desclassificação do Grêmio, depois de duas partidas contra o Atlético
Paranaense, sendo uma na Arena, senti uma defesa incondicional ao tricolor.
Praticamente todos os textos afirmando que o Grêmio foi guerreiro, que jogou
melhor, que perdeu muitos gols, que faltou matador. Um colunista, que na minha
opinião já não merece tanto crédito assim, disse que o Grêmio foi prejudicado
pela arbitragem. Então, ta!
A pergunta que eu faço é se este tipo de coisa não absolve
ou isenta o time da responsabilidade de vencer? Quando as derrotas são
justificadas, assim como as eliminações, sob o argumento de que “perdeu, mas
jogou melhor”, absolve-se quem não fez o que tinha que fazer, no caso, ganhar e
se classificar.
Resumindo e juntando os dois comentários que fiz sobre
futebol, sigo pensando que está tudo errado quando um jogador que ganha R$ 400
mil por mês, não faz aquilo para o que é pago. É muito dinheiro e pouco gol. Os mais de 43
mil gremistas que estavam na Arena, ontem, que o digam. Ou não?
Pedindo a proteção de Deus, desejo a todos um Bom Dia!
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