terça-feira, 5 de novembro de 2013

Bom Dia!

Ganham R$ 200 mil por mês e ainda se queixam!
Procuro falar muito pouco em futebol neste blog, a não ser para divulgar a tabela de jogos e alguma notícia curiosa. Mas abro exceções quando a coisa beira o absurdo.
Quando voltava para casa, ontem, vinha escutando um programa esportivo e uma entrevista com um jogador famoso que defende o Grêmio. Sobre o jogo de quarta-feira, o comentário era de que “o Grêmio está sendo prejudicado por jogar dois torneios ao mesmo tempo”. E justificando seu argumento, disse que “enquanto o Bahia havia descansado para jogar domingo, o Grêmio havia jogado na quarta e que o Cruzeiro vai descansar esta semana enquanto o Grêmio novamente vai jogar na quarta-feira”. Claramente, mostrava sua preocupação com o fato de ter que jogar duas vezes por semana, ou de três em três dias. Saliento que com os jogado0res do Internacional não deve ser diferente.
Um jogador como o entrevistado, não deve ganhar menos do que R$ 200 mil por mês. Quem sabe até mais. E reclama por ter que jogar noventa minutos de três em três dias. O ideal, pelo que entendi, seria jogar noventa minutos uma vez por semana.
Um secretário municipal, por exemplo, ganha R$ 10 mil por mês, ou seja, 5% do que ganha o jogador entrevistado, e tem a responsabilidade de dirigir uma secretaria, prestar contas a toda a população e sofrer a fiscalização permanente da imprensa, do MP, do TCU e não sei mais o que. Tudo isso, para ganhar 5% do que recebe um jogador de futebol que, na maioria das vezes, não tem o preparo exigido de alguém que ocupe o cargo de secretário municipal e que trabalha, quase sempre, muito mais que oito horas todos os dias.
Pois o entrevistado, considerando-se dois jogos por semana, ou oito por mês, ganha R$ 25 mil, o equivalente a dois salários e meio de um secretário, por cada noventa minutos que fica em campo.
Para que não me entendam mal, não sou contra quem ganha R$ 200 mil por mês para jogar futebol. Sou contra quem paga este absurdo e quem colabora para que alguém pague tudo isso. Muitas vezes, quem não tem o que comer ou para pagar o estudo de um filho, compra ingresso para colaborar com o salário mensal de quem nem sabe que ele existe.
Acho, sinceramente, que está na hora de mudar um pouco esta situação. Caso contrário, pessoas como o entrevistado de ontem, seguirão ganhando R$ 200 mil por mês e reclamando do excesso de trabalho.

Pedindo a proteção de Deus, desejo a todos um Bom Dia!

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