Territórios da Paz?
Sou um profundo admirador e respeitador do trabalho
desenvolvido pela Brigada Militar. É uma entidade que, sem qualquer dúvida,
orgulha a todos nós. Normalmente mal remunerados, trabalhando em condições precárias,
os brigadianos prestam um trabalho digno de respeito.
Falo isso para mencionar um fato que, no meu entendimento, não
faz parte do trabalho incansável da BM. Os envolvidos, certamente, não
representam a maioria dos brigadianos e, o que é pior, não devem estar
preparados para exercer a missão que lhes foi confiada.
Hoje pela manhã, ao sair de casa, como faz todos os dias,
minha mulher seguiu pela Rua Nunes, onde moramos, em direção a Gomes Carneiro,
para chegar na Carlos Barbosa. Na nossa frente, uma viatura da BM, com um
número 8484 e um adesivo “Territórios da Paz – Construindo a Cidadania”.
Inesperadamente a viatura parou, no meio da rua, e um brigadiano, que continuou
sentado, abriu a porta e esticou o braço com uma pistola na mão, para um jovem
que descia a Rua Nunes. Deve ter mandado, pois o rapaz levantou o blusão para
mostrar que não estava armado. Feito isso, o soldado, ou cabo, ou sargento, não
sei, fechou a porta da viatura e seguiu em frente. O rapaz também.
No momento em que ele apontou a arma para o jovem, muitas
crianças estavam na calçada, caminhando em direção ao Colégio Venezuela, que
fica bem próximo. Sem contar pessoas que procuravam um super mercado que fica
na esquina.
Depois de superar minha perplexidade, conversei com minha
mulher sobre a irresponsabilidade do brigadiano que, por mais treinado que
esteja, jamais poderia impedir que, por exemplo, a arma disparasse e fizesse vítimas
totalmente inocentes. Passava um pouco das 8 horas e quem passava por ali,
jamais poderia imaginar que estava correndo o risco de ser atingida por uma
bala perdida.
Do episódio, fiquei com uma certeza. Naquele momento, aquele
trecho da Rua Nunes, não era um “Território da Paz.
Pedindo a proteção de Deus, desejo a todos um Bom Dia!
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