sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Bom Dia!

Um forte cheiro de pizza!
Foram seis anos de espera pelo julgamento do mensalão. Foram mais de 50 sessões até que se chegasse ao veredicto sobre a culpabilidade dos mensaleiros. Agora, não sei quantas sessões mais para que se decida sobre a aceitação, ou não, dos recursos infringentes.
Será que não foi tempo suficiente para que todos os ministros tivessem uma posição definida sobre o caso? Será que neste tempo todo os réus não tiveram a oportunidade de provar que eram inocentes? Será que o Brasil inteiro não está cansado de esperar pela justiça? E, finalmente, será que teremos justiça, neste caso?
Quem, se não estiver cansado de tudo isso, decidir analisar mais detalhadamente o que está ocorrendo no STF, poderá facilmente verificar que há uma sensação de jogada ensaiada e, claramente, uma posição política defendida por alguns dos ministros.
Durante todo o julgamento, por exemplo, foi possível notar o quase desespero do ministro Lewandowski para defender os réus, pelo menos aqueles com ligações partidárias e com o governo. Muito mais do que revisor, o ministro atuou como defensor dos réus. Nem os advogados, que devem ter cobrado milhões, foram tão eficientes na defesa de seus clientes.
Os novos, recentemente indicados pela presidente Dilma, cumpriram fielmente o que lhes deve ter sido determinado. Votaram alinhados com quem os indicou.
Agora, depois de tantos capítulos desta interminável novela, tudo está nas mãos, ou no voto, do ministro Celso de Mello. Na quarta-feira que vem, dia 18, ele dará a palavra final e, consideradas suas posições anteriores, acolherá o pedido da defesa dos réus condenados por formação de quadrilha. E, se isso acontecer, aqueles considerados líderes do maior escândalo da política brasileira, os que comandaram a compra de votos e o desvio de verbas enormes dos cofres públicos, que se locupletaram em cargos do primeiro escalão governamental, terão direito a cumprir suas penas em regime semiaberto.
De certo modo, sejamos honestos, todo mundo sabia que o caminho seria esse. Os ministros, pelo menos alguns deles, fizeram de conta que condenaram e os mensaleiros farão de conta que estarão cumprindo suas penas.
Mais uma vez, a prevalecer o que se diz do voto de Celso de Mello, a impunidade estará escancarada e a todos nós só restará, mais uma vez, vestir a fantasia de palhaços e participar do grande banquete da falsidade e da mentira. E, pelo cheiro, o prato principal será, é claro, uma imensa pizza.

Pedindo a proteção de Deus, desejo a todos um Bom Dia!

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