Vai reclamar pro Bispo!
Vou contar um fato e peço desculpas por não revelar os
detalhes para não complicar ainda mais a vida da pessoa que me relatou o episódio.
Uma amiga minha, no final da semana que passou, recebeu
um carro zero quilômetros que comprou numa concessionária famosa. Saiu de lá
toda faceira com o carro novo, certa de que não teria preocupações por muito
tempo.
Acontece que, na segunda-feira, foi obrigada a ligar para
a concessionária, pois sentiu que a
direção do veículo puxava para o lado direito. Marcaram para que ela fosse lá
na quarta-feira, ontem, para verificar o problema. E foi o que ela fez.
Depois de examinar o veículo, o encarregado disse que o
problema era de alinhamento e balanceamento, que realmente o carro estava com
defeito e que, certamente já tinha vindo de fábrica com ele. Minha amiga,
proprietária de um carro zero quilômetros, com dois ou três dias de uso,
perguntou qual seria o procedimento, pois queria que o veículo fosse consertado.
É aí que começa todo o problema. O funcionário da
concessionária olhou para ela e disse que aquele problema não estava na
garantia e que, para solucioná-lo, minha amiga teria que pagar pelo alinhamento
e balanceamento. Repito; carro zero, com dois ou três dias de uso, que
apresentou problema de fábrica.
Indignada, muito mais do que surpresa, ela perguntou se
aquilo estava certo. Um problema de fábrica, não tinha garantia da fábrica?
Diante da resposta que ouviu, foi até o gerente da concessionária que, depois
de alguns telefonemas, disse a ela que a empresa conseguiria uma cortesia para
que ela não tivesse despesas. Detalhe: o conserto do carro será feito em
oficina localizada na Zona Norte, e minha amiga adquiriu o veículo na Zona Sul.
Depois de tudo, ela deve ter saído de lá devendo um favor
ao gerente que, ‘gentilmente’, conseguiu a dita cortesia.
Então eu fico me perguntando em que mundo vivemos? Que
país e este em que o cidadão compra um carro, que não é barato, muito pelo contrário,
que vem com um defeito de fábrica e que não tem garantia? A coisa é mais ou
menos como “paga e não bufa”, ou então, “vai reclamar pro Bispo”.
Quando tomo conhecimento de uma coisa dessas e ligo com a
entrega de dados sigilosos do cidadão à uma empresa privada, pelo próprio
governo, sou obrigado a me sentir numa daquelas republiquetas do terceiro
mundo.
Pedindo a proteção de Deus, desejo a todos um Bom Dia!
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