segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Bom Dia!

É muita explicação!
Estou falando sobre a chegada dos médicos cubanos que, desde sexta-feira, estão no Brasil. Pelo menos alguns dos quatro mil anunciados pelo governo brasileiro. Chegaram afirmando que não estão aqui pelo dinheiro e que querem realizar um trabalho social entre os mais necessitados.
Li e ouvi que o Brasil vai pagar R$ 511 milhões, até fevereiro de 2014, para o governo cubano que, por sua vez vai definir o quanto cada médico receberá, ou seja, o Brasil paga R$ 10 mil por cada profissional e o governo de Raul Castro decide o quanto repassar para cada médico. Nada que ultrapasse os R$ 4 mil por mês.
Hoje li, no Facebook, que os médicos cubanos são funcionários públicos em Cuba e que, terminada a missão no Brasil, partem para outro país. Bem, se for assim mesmo, acho que a coisa fica mais complicada. Pagar R$ 511 milhões para que funcionários públicos de outro país venham trabalhar no Brasil, é uma medida, no mínimo, discutível.
Também li e ouvi que as pessoas que são contra a presença de médicos cubanos no Brasil, são contra o povo. A bobagem é tão grande quanto a história de que quem é contra o Lula ou o PT é reacionário. Seria o mesmo que afirmar que o governo que não constrói hospital ou posto de saúde, que não dá condições de trabalho aos médicos nos grotões de miséria, é contra o povo.
Sigo afirmando que o fato de algum profissional liberal preferir ficar nos centros maiores, onde as condições de vida são mais favoráveis, não é exclusividade dos médicos. Tem dentista, advogado, jornalista, comerciante que, por viver num regime capitalista como o nosso, quer trabalhar onde possa ganhar mais. E isso, no meu entender, não é crime nem é ser contra ninguém. Pergunte a um jornalista que trabalha num grande veículo de comunicação, se ele trocaria seu emprego por um trabalho social num pequeno e pobre município onde ganhasse bem menos. Ou se, ao sair da faculdade, gostaria de ficar na Capital, ganhando um salário bom, ou morar em uma cidade que lhe pagasse pouco e não lhe permitisse progredir na profissão? Tudo pelo social!
Por fim, gostaria de saber, com toda a sinceridade e honestidade, os motivos pelos quais os médicos cubanos foram dispensados da revalidação do diploma? Acho que, neste caso, alguém não está querendo correr o risco de não ser aprovado.
Vamos combinar que, no caso dos profissionais cubanos, é muita explicação. Mesmo assim, contrariando a burrice de alguns, quero esclarecer que não sou contra a vinda de ninguém como não sou contra o direito de quem não quer fazer o que os “funcionários públicos cubanos” vieram fazer aqui.

Pedindo a proteção de Deus, desejo a todos um Bom Dia!

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