Cachorros no parque.
O tema tem repercutido muito na ZH e nas redes sociais
depois que o Túlio Milman, editor do Informe Especial, criticou o fato de que
os cães soltos estão tomando conta da Praça da Encol, espaço tradicionalmente
ocupado por pessoas para caminhadas e exercícios. Eu diria que o problema (?) não
é exclusivo daquela praça. Muito pelo contrário. Na Redenção, por exemplo, são
muitos os proprietários de cães que soltam os animais que circulam tranquilamente entre as pessoas que buscam o parque, principalmente nos finais de semana.
Hoje, mais uma vez, li vários comentários sobre o assunto. A
maioria deles é a favor do que foi reclamado. Outros estão furiosos com a questão
levantada.
Na minha opinião, o direito dos proprietários e de seus
bichinhos (nem sempre tão bichinhos assim) é legitimo. Só que não pode
interferir no direito dos outros. Tem quem goste e tem quem não goste de
conviver com um cachorro, com um gato, por exemplo. Agora, quando se trata de
um espaço público, a coisa deve ser tratada com mais cuidado. Andar com seu
cachorrinho na praça, se tornou um fato corriqueiro nos dias de hoje. Soltar
este cachorro para circular entre as outras pessoas que estão na praça, pelo
menos pelo que entendo, é outra coisa. Assim como eu posso gostar, tem muita
gente que pode não gostar. O que não se pode admitir é o exagero, ou seja, eu
quero soltar o meu cachorro no meio das pessoas e estas não podem reclamar.
Calma lá. Tem quem goste de ostras, por exemplo. Eu não gosto. E, se não gosto,
não posso ser obrigado a comer. Eu gosto de cachorro, de gato, mas acho que a
convivência com eles deve obedecer aos limites do meu espaço. Não posso invadir
espaços de outros. Os outros também não podem invadir o meu espaço. Ou não?
O radicalismo, como em tudo, é extremamente prejudicial. Quero
poder pegar o meu cachorrinho e passear com ele pela praça, mas não posso
exigir que as pessoas concordem com isso se, por exemplo, eu soltar o bichinho
para dividir o mesmo espaço.
Nos shoppings, por exemplo, vejo muitas pessoas com
cachorrinhos sob o braço ocupando espaços, inclusive, nas praças de alimentação.
Provavelmente isso não seja problema para eles, mas pode ser para outros. Neste
caso, entendo que deva ser garantido o direito da maioria. Mas, como o problema
e a discussão não terminarão tão cedo, acho bom que as pessoas pensem e
procurem uma forma de convivência pacífica entre quem gosta e quem não gosta de
dividir espaços com os bichos.
Pedindo a proteção de Deus, desejo a todos um Bom Dia!
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