quarta-feira, 3 de julho de 2013

Mercado Financeiro

Dólar fecha no maior nível em quatro anos

Em alta pela quinta sessão seguida, a moeda norte-americana fechou nesta quarta no maior nível em mais de quatro anos. O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 2,2691, com aumento de 0,84%, e no valor mais alto desde 1º de abril de 2009, quando a cotação fechou em R$ 2,281. Perguntado sobre a disparada do câmbio, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou que o mercado financeiro tem cometido exageros.

A cotação operou em alta durante todo o dia, que não teve intervenções do Banco Central. Por volta das 12h, o ritmo de aumento do dólar diminuiu e chegou a valer R$ 2,2595, na mínima do dia. No entanto, a moeda norte-americana subiu ainda mais nas horas seguintes até encerrar a sessão no valor mais alto do dia.

Para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a alta do dólar é um movimento internacional que afeta tanto o Brasil como o resto do mundo. Ele disse que a volatilidade no câmbio é resultado da mudança de postura do Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano e que a turbulência no mercado financeiro só passará depois da acomodação dos capitais internacionais.

“Este é um movimento internacional. O Brasil, como os outros países, está no mesmo barco. Se nós olharmos nas últimas 24 horas, outras moedas se desvalorizaram mais do que o real. Então temos que esperar que haja uma acomodação da situação, uma adaptação às novas condições criadas pelo Banco Central americano”, declarou o ministro ao voltar de reunião com a presidenta Dilma Rousseff.

Segundo Mantega, o dólar está subindo porque os investidores estão se antecipando a um possível aumento de juros nos Estados Unidos, retirando capitais dos países emergentes para aplicar em bônus dos títulos do Tesouro norte-americano, que poderão passar a render mais. Ele classificou ainda de exagerada a reação do mercado.

“Os mercados exageram até se antecipam aos movimentos. Em algum momento, isso vai sofrer uma acomodação porque vai ter juros mais altos dos treasuries [títulos do Tesouro norte-americano]. É uma maneira de se antecipar ao aumento de juros nos Estados Unidos. Somente então, os capitais vão se posicionar perante a possibilidade de lucros nos vários países”, acrescentou o ministro.

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