terça-feira, 9 de julho de 2013

Bom Dia!

Nossos pobres poetas!
Já tivemos um caso extremamente emblemático em Porto Alegre. Acho até que todo o Rio Grande se integrou na busca de uma solução para o problema. Lembram quando Mário Quintana ficou sem emprego, sem teto, sem comida? Se não estou enganado, os gaúchos se deram as mãos e partiram para a busca de uma solução. Quintana viveu os últimos anos de sua vida num quarto cedido pelo Hotel Magestic, exatamente onde hoje funciona a Casa de Cultura Mário Quintana.  Foi ali que, entre um inseparável cigarro e outro, deve ter escrito muitos de seus Quintanares, de seus versos, poemas e suas frases cheias de lirismo.
Hoje, estamos diante de um caso extremamente parecido. Numa situação quase igual, se não pior do que a de Mário Quintana, o poeta Luiz de Miranda, uma das figuras mais tradicionais da literatura gaúcha e nome consagrado entre os literatos brasileiros, Miranda está literalmente sem teto, sem abrigo, sem comida. Vive da generosidade de alguns.
O Júlio Ribeiro, editor da Revista Press/Advertising, iniciou uma campanha buscando conseguir que algum hotel em Porto Alegre acolha Luiz de Miranda, dando-lhe teto e comida. A resposta foi imediata e vários caminhos estão sendo apontados. Não tenho dúvidas de que, muito brevemente, teremos Luiz de Miranda devidamente acomodado em algum espaço onde possa espalhar sua poesia com toda a tranqüilidade.
Juntando os dois casos, o de Quintana e o do Miranda, sou obrigado a refletir sobre o que deve passar pela alma de alguém que é, tão somente, um poeta. Alheio ao mundo que exige uma série de coisas, o poeta vive de seu lirismo, de sua inspiração, de sua poesia, enfim. E pra que mais? Um poeta tem é que fazer poesia tem é que nos encher a alma com sua inspiração e enfeitar nossas vidas com seus versos. Nós, admiradores do que é belo, é que temos obrigação de dar a eles condições para que criem livres e soltos. Pensando assim, não tenho nenhuma dúvida de que Mário Quintana está abrindo as asas de seus querubins para abrigar a poesia de seu parceiro Luiz de Miranda. E nós também.

Que tenham todos a proteção de Deus, com meus votos de um Bom Dia!

Um comentário:

  1. Caro blogueiro! lembro q por último quem acolheu o Quintana, foi o Falcão (inter), pois o hotel Majestic entro em reforma e não tinha como ele continuar lá, por último aí ficou em um hotel do Falcão acho q na Fernando Machado.

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