Para
PSB, governo usa máquina para sufocar adversários
Após a descoberta da mais nova investida eleitoral do PT, revelada por VEJA desta semana, sobre a espionagem perpetrada por
agentes do estado no Porto de Suape, em Pernambuco, o líder do PSB no
Senado, Rodrigo Rollemberg (DF), afirmou que o governo lança mão de todas as
armas para sufocar as movimentações que poderiam atrapalhar a reeleição de
Dilma Rousseff em 2014. A reportagem mostra que quatro funcionários da
Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, se disfarçaram de agentes
portuários para colher informações que poderiam ser utilizadas contra o
governador Eduardo Campos, considerado pelos petistas uma ameaça para Dilma nas
eleições de 2014.
“O grave é que isso demonstra um viés
autoritário que nós não podemos admitir em um país que tem a democracia como
uma grande conquista”, afirmou o senador. Rollemberg ressaltou que o governo,
já preocupado com o processo eleitoral, “busca modificar regras para facilitar
as coisas para o PT e dificultar e sufocar os outros”. O líder do PSB no Senado,
responsável pelo mandado de segurança impetrado no Supremo Tribunal Federal
(STF) contra o projeto que atrapalha a
criação de novos partidos, ressaltou que esse caso ainda
é mais grave, já que atua “à sombra” para frear todas as movimentações
eleitorais.
Na
Câmara, o líder do PSB, Beto Albuquerque (RS), afirmou esperar que o governo
não precise ser intimado para dar explicações sobre a espionagem no Porto de
Suape. O deputado disse que vai conversar, no início desta semana, com o
governador Eduardo Campos e com deputados da legenda para decidir quais serão
as providências tomadas. Ele espera, porém, que o governo se antecipe nas
explicações. “Temos uma denúncia grave e é preciso que haja uma explicação formal
antes de uma possível convocação”, disse o parlamentar gaúcho.
“Alguém
tem de ser o pai dessas quatro criaturas. Elas não estavam lá para fazer
estágio ou para aprender sobre portos. E é essa explicação que tem de ser
dada.” O líder do PSB reforçou que não se contentará com um posicionamento de
representantes da Abin. Para ele, a resposta deverá partir do gabinete da
Presidência da República.(Veja online)
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