sábado, 22 de junho de 2013

Bom Dia!
Milhares de médicos estrangeiros no Brasil para atender aos mais pobres. Tem gente que apoia. Fazer o que? Tem gente que é contra o cidadão se formar e trabalhar na Capital, por exemplo. Normalmente, os apoiadores tem suas vidas totalmente enraizadas aqui e não abrem mão. Muitos são profissionais liberais e jamais pensaram em abrir um consultório, por exemplo, num bairro de classe mais baixa. Outros preferem ter seus negócios comerciais onde pessoas com melhores condições financeiras possam usufruir. A maioria, incluindo aí a autora da proposta, busca hospitais de primeira linha quando necessita, jamais o SUS.
Daí fica fácil defender a vinda de médicos estrangeiros para atender os mais necessitados. Esquecem que os médicos brasileiros, em sua grande maioria, dependem do SUS, de empregos públicos e ganham salários miseráveis. Necessitam de um, dois ou mais empregos e acabam atendendo mal aos pacientes. Então, buscar uma solução fora sem preferir investir nos que trabalham aqui sob as piores condições, parece inadmissível. Será que os estrangeiros trabalharão de graça, ou receberão o mesmo que os que trabalham no SUS?
Quem sabe estas pessoas, os que jamais necessitaram de atendimento público para nada, que usam os melhores  hospitais, que são tratados por médicos de planos de saúde caros, que tem filhos estudando nos melhores colégios, que provavelmente tenham cursado universidade pública, ou tiveram dinheiro para pagar seus estudos,  largam sua hipocrisia e, coerentes com o que pregam, passem a atender os humildes das vilas pobres. Montem lá seus negócios e consultórios. Sintam, por exemplo, o que os médicos do Sistema Único de Saúde sentem.  

É fácil, sob cobertas quentes e ar condicionado, pregar a favor dos que passam frio.

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