quinta-feira, 18 de abril de 2013



Bom Dia!

A base aliada do governo federal aprovou, ontem, o projeto que, de certa forma,  barra a criação de novos partidos. Foram 240 votos favoráveis. 30 contrários e três abstenções.
Pelo texto aprovado, novas siglas não terão acesso ao dinheiro do fundo partidário, ou seja, ficarão de fora de uma das principais fontes de receita das legendas. Também  sofrerão restrições quanto à propaganda eleitoral na TV.
Hoje, o rateio do fundo partidário e do tempo de propaganda política é proporcional ao tamanho das bancadas na Câmara. Com a aprovação do projeto, mesmo havendo mudanças nas composições das bancadas, o rateio e a divisão do tempo de TV não devem mudar.
Leio na ZH que “a medida fortalece os partidos já estabelecidos e esvazia movimentos como o da ex-senadora Marina Silva, que tenta criar a Rede Sustentabilidade, e o MD criado com a fusão do PPS e PMN”. Eu acrescentaria que, na realidade, o que os deputados da base aliada fizeram, foi inviabilizar a criação de partidos que possam representar problemas à reeleição de Dilma Rousseff. Hoje, por exemplo, o deputado Roberto Freire, declarou que o MD será um partido de oposição ao governo e que pretende apoiar Eduardo Campos ou Aécio Neves.
O que me impressiona, mesmo, é a desfaçatez com que as coisas políticas estão sendo tratadas no Brasil. Antes da eleição passada, quando Dilma era candidata, não houve qualquer impedimento para que o prefeito Kassab criasse seu PSD, com direito a tempo na TV e recebimento do fundo partidário. Claro, o PSD era mais um partido de apoio à candidatura petista. Daí, nenhum problema. Agora, todas as articulações possíveis para impedir que a oposição possa ameaçar a permanência no poder de quem se instalou lá e luta para não sair.
Pensando bem, é melhor nem comentar sobre o que escrevi acima, mas sou obrigado a questionar os que afirmam que vivemos uma democracia plena. Com um Congresso que vota somente de acordo com os interesses governamentais, formado por parlamentares dependentes de cargos e verbas, que usa a maioria obtida sabe-se lá a troco de que para seguir as determinações da presidência, sou obrigado a perguntar: Será?

Vou seguir, hoje, no meu momento de música baiana. Como ele está de disco novo, trago CaetanoVeloso com uma música que merece ser ouvida, pelo menos na minha opinião. Falo de  Um Abraçaço, com o que desejo a todos vocês um Bom Dia!


Nenhum comentário:

Postar um comentário