Isenção de impostos federais na cesta básica
Corte de tributos, que seria anunciado no feriado do 1º de maio,
foi antecipado para contrabalançar a forte inflação registrada nos primeiros
dois meses do ano
Em meio a uma pré-campanha eleitoral e preocupada com a
persistente alta de preços no Brasil, a presidente Dilma Rousseff fez nesta
sexta-feira, 8, mais um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão,
desta vez para anunciar a isenção de impostos federais sobre os produtos que
compõem a cesta básica. O governo federal vai abrir mão de R$ 5,5 bilhões em
receitas já neste ano.
Após o anúncio, o PSDB confirmou que a desoneração veio com atraso
além de refletir "a dificuldade de planejamento do PT e a resistência em
reconhecer a qualidade de iniciativas alheias". Há seis meses, a presidente
vetou emenda apresentada pelos partidos de oposição que também previa a
desoneração dos itens da cesta básica.
Nos cálculos da equipe econômica, a medida anunciada pela
presidente Dilma deve reduzir em até 0,6 ponto porcentual o Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano. O Estado apurou
que o corte de impostos, que seria anunciado no feriado do 1º de maio, foi
antecipado justamente para contrabalançar a forte inflação registrada nos
primeiros dois meses do ano.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega convocou para segunda-feira
uma grande reunião em Brasília com os principais empresários e representantes
do setor de supermercados e comércio varejistas para cobrar o repasse
"imediato" das desonerações ao consumidor. Vão participar da reunião
representantes de redes como Pão de Açúcar, Carrefour, Wal-Mart, BR Foods e
associações empresariais.
Defesa do consumidor. A segunda medida citada pela
presidente nesta sexta-feira foi o anúncio de que, na próxima sexta-feira, o
governo vai divulgar um pacote de medidas "que transformarão a defesa do
consumidor em uma política de Estado no Brasil". Dilma prometeu a criação
de novos instrumentos legais "para premiar as boas práticas e punir as
más". Além disso, garantiu que vai reforçar estruturas de defesa dos
consumidores já existentes, como os Procons.
"O Brasil vai fiscalizar com mais rigor, aplicar multas mais
adequadas, vai conscientizar empresas, consumidores e toda a sociedade sobre as
vantagens, para todos, da melhoria das relações de consumo", afirmou.(Agência Estado)
Nenhum comentário:
Postar um comentário