'Sumido', tesoureiro do PT é intimado à revelia
Há quase dois anos Justiça tenta intimar João Vaccari Neto em
ação por formação de quadrilha, estelionato, falsidade ideológica e lavagem de
dinheiro
Depois de quase dois anos de sucessivas e inúteis tentativas de
intimar o bancário João Vaccari Neto, tesoureiro da campanha presidencial
de Dilma Rousseff e secretário de Finanças do PT, a Justiça de São Paulo
decidiu citá-lo por edital, publicado na quarta-feira no Diário da Justiça
Eletrônico. A chamada pede que Vaccari se manifeste na ação em que é réu por
formação de quadrilha, estelionato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro
– crimes que teria praticado quando exerceu a presidência da Cooperativa
Habitacional dos Bancários (Bancoop).
A citação é subscrita pela juíza Cristina Ribeiro Leite Balbone
Costa, da 5ª Vara Criminal da Capital. A Justiça "faz saber a todos
quantos o presente edital virem ou dele conhecimento tiverem, especialmente
João Vaccari Neto, por infração aos artigos...", diz o texto que
transcreve a denúncia do Ministério Público, de outubro de 2010.
Defesa – Além de Vaccari, outros quatro réus que
"atualmente encontram-se em lugar incerto e não sabido", foram
citados por edital para apresentação de defesa escrita no prazo de dez dias. Os
acusados poderão "arguir preliminares e alegar tudo o que interesse às
suas defesas, oferecer documentos e justificações, especificar as provas
pretendidas e arrolar testemunhas".
Os oficiais de Justiça foram a vários endereços em São Paulo e em
Brasília, inclusive no PT, mas não encontraram Vaccari. O criminalista Luiz
Flávio Borges DUrso, que defende
o secretário do PT, disse que ele não driblou a citação. "Não é que o
oficial ficou dois anos atrás do Vaccari. A sede do partido fica em Brasília, o
oficial foi lá e Vaccari estava fora. Foi citado por edital, algo absolutamente
normal. Vamos apresentar resposta no prazo."
(Com Estadão Conteúdo)
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