quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013



Bom Dia!
Nestes meus 71 anos de vida, tenho assistido muita coisa. Posso garantir que já vi quase tudo, mas nem tudo, é verdade. Desde ontem, por exemplo, estamos convivendo com o protesto de ambientalistas (?) ou ecologistas (?), que defendem as árvores localizadas na Avenida Edvaldo Pereira Paiva, em frente à Usina do Gasômetro. São 105 árvores que devem sair para permitir a duplicação da avenida, uma obra importante para o escoamento do trânsito em direção à Zona Sul. Para compensar as árvores retiradas, a prefeitura se compromete a plantar 400, ou seja, quatro vezes mais, em diversos pontos da Capital, incluindo 80 na própria Edvaldo Pereira Paiva.
Já vi cenas parecidas em algumas ocasiões. Numa delas, na própria Usina quando da abertura da avenida, no governo do prefeito Alceu Collares. Um ativista (?), que mais tarde se elegeu vereador pelo PT, subiu na chaminé do Gasômetro protestando contra a abertura da Edvaldo. Depois de alguma negociação, a prefeitura cedeu e a avenida, que teria um outro traçado, acabou como via de mão dupla. Os ecologistas exigiam a abertura de espaços de recreação para a população na beira do Guaíba. Juro que nunca vi um dos manifestantes usando aqueles espaços abertos para “lazer da população”. Mas eles estão lá.
Os protestos que li e ouvi, pregam a necessidade de se manter as árvores e não privilegiar os carros. Onde já se viu sacrificar o meio ambiente em favor do progresso, alegam os defensores das árvores.
Adianto que não sou contra as árvores e muito menos contra a natureza. Mas não sou hipócrita ao ponto de achar que nada pode ser feito na cidade para não “agredir” ao meio ambiente. E lembro de quando cheguei aqui, nos anos 50, com o Guaíba beirando a Praia de Belas. A gente atravessava a rua e brincava no barranco do rio. Depois veio o aterro.
Além de não lembrar de nenhum protesto (não era moda ser ecologista) fico imaginando como seria Porto Alegre sem o aterro do Guaíba. Já imaginaram? Ele está ali para permitir que a cidade se desenvolvesse. Quantos prédios públicos, quantos habitantes ocupam aquele espaço. Ali, no aterro, está um dos maiores parques da cidade, o Marinha do Brasil. No aterro está o Parque Mauricio Sirotsky onde se realiza o Acampamento Farroupilha. Milhares de pessoas se utilizam do calçadão da Edvaldo Pereira Paiva para caminhar e correr diariamente. Ele está localizado no aterro. Alguém lembra disso? E o Beira Rio, o Shopping, o Centro Administrativo, os Bombeiros, o Ipê, o Tribunal de Justiça, todos erguidos no aterro. Não valeu aterrar aquela parte do rio, ou lago, como queiram?
Vamos deixar de hipocrisia, gente. Afinal, certamente muitos dos que protestam (?), usam seus carros, moram em apartamentos, onde não existe espaço para árvores e alguns, até em prédios construídos sobre o aterro do Guaíba. Será que estas pessoas pensam nos benefícios para a maioria ou apenas se utilizam de um movimento (?) para colher dividendos políticos? Menos, por favor.
Desculpem, mas contra a insanidade instalada desde ontem na Usina do Gasômetro, resolvi não colocar nenhum vídeo de música, pelo menos agora. Quem sabe mais tarde. Mas espero que todos, pelo menos os de bom senso, tenham um Bom Dia!

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