Bom Dia!
Não gosto muito de ser repetitivo nos assuntos deste
comentário, mas existem coisas que merecem mais de um texto. A eleição no
Congresso, por exemplo, merece muito mais espaço. Por mais que se escreva ou
fale, jamais poderemos ter palavras definitivas sobre o que aconteceu em
Brasília. De fato, é sempre difícil comentar sobre o que acontece normalmente
em Brasília. Mas vamos ficar com a eleição para o Senado e para a Câmara dos
Deputados.
Representantes e indicados pelo PMDB, tanto o senador Renan
Calheiros quanto o deputado Henrique Alves, são alvos de suspeitas que podem
acabar por levá-los ao banco dos réus. Tanto um como o outro estão denunciados
por irregularidades que envolvem verbas públicas, falsificação de documentos,
favorecimentos de parentes, amigos e assessores. Nada disso, no entanto, serve
de argumento para impedir que ocupem os dois maiores cargos no legislativo
federal. Afinal, com eles no comando do Senado e da Câmara, o PMDB ganha muito
mais poder no Planalto e na Esplanada. Comandando as duas casas, nenhum projeto
da presidente Dilma Rousseff poderá ser votado sem que o PMDB chancele. Novos
espaços no ministério, também não estão descartados.
Pensando mais adiante, o PMDB, com o poder adquirido,
certamente dará as cartas na próxima eleição para a presidência da República.
Se o PT pensa em alijar o PMDB do poder palaciano oferecendo, por exemplo, o
governo de São Paulo para Michel Temer, pode começar a pensar em tirar o
cavalinho da chuva.
Mas as denúncias não são exclusividade dos presidentes do
Senado e da Câmara. Dois integrantes da mesa diretora da Câmara Federal também
são denunciados e investigados pelo Ministério Público.
Mauricio Quintela Lessa (PR-AL), eleito terceiro secretário,
é investigado por suspeita de peculato. Ele é acusado de envolvimento em
irregularidades cometidas numa licitação da Secretaria de Educação de Alagoas.
Hidekazu Takaiama (PSC-PR), eleito quarto suplente, foi
denunciado por suposto envolvimento em desvio de verbas públicas quando era
deputado estadual. Ele teria nomeado funcionários para ocupar CCs em seu
gabinete e utilizado estas pessoas para serviços particulares.
Já o deputado gaúcho Marco Maia (PT), ao deixar o cargo de
presidente da Câmara, declarou o seguinte: “Não há como deixar de manifestar
minha mais profunda preocupação com as interpretações circunstanciais de nossa
Constituição por parte do Judiciário”.
É muito mais fácil criticar o Judiciário do que contrariar
as ações corporativistas de seus colegas deputados e senadores. E segue o
baile....
Diante de tudo o que está acontecendo, diante da pouca
vergonha e da desfaçatez que se instalaram no Brasil, o melhor mesmo é tentar
relaxar e não esquecer que, como diz o Jorge BenJor, moramos num País Tropical,
abençoado por Deus e bonito por natureza. Então, vamos acreditar e esperar que
tenhamos, todos, um Bom Dia!
Nenhum comentário:
Postar um comentário