quinta-feira, 13 de dezembro de 2012


Bom Dia!
Salve Gonzagão!
Meu pai sempre foi um apreciador das coisas brasileiras, principalmente aquelas que vinham carregadas de simplicidade. Militar, homem criado na luta contra as adversidades, meu pai sabia encontrar a beleza na intimidade das coisas mais simples. Foi assim com a música. Desde criança, nos acostumamos a ouvir a boa música brasileira, na maioria das vezes através dos programas de rádio que ele escutava normalmente e, mais tarde, nos discos de 78 rotações. Foi acompanhando meu pai que aprendi a ouvir, como o Brasil inteiro ouviu, Luiz Gonzaga, o Rei do baião.
Durante muitos anos, com sua sanfona branca, Gonzaga cruzou o Brasil levando alegria, principalmente às plateias mais humildes. Ele encantava com sua maneira especial de interpretar e suas roupas de couro, tão tradicionais entre os nordestinos. Gonzagão  levava ao povo brasileiro toda a arte do nordeste em sua forma mais plural.
Hoje, Luiz Gonzaga, que nasceu na cidade de Exu, estaria completando 100 anos. Nos deixou, em agosto de 1989, aos 77 anos. Mas deixou um acervo musical que haverá de sobreviver a muitos cem anos. Nele, algumas de suas principais composições em parceria com Humberto Teixeira, um letrista que deu vida ao baião através de uma poesia inconfundível. Juntos, Gonzaga e Teixeira cantaram a vida nordestina como ninguém.
Neste dia 13 de dezembro, quando o Brasil lembra os cem anos de Luiz Gonzaga, me veio á lembrança a figura do meu pai, sentado ao lado do rádio ouvindo programas da Rádio Nacional e se deliciando com os acordes da sanfona branca. Então, em homenagem ás lembranças que ficaram da minha infância, graças ao ouvido sensível do meu pai, recordo um dos maiores sucessos de Luiz Gonzaga. Uma das musicas imortais compostas por ele e Humberto Teixeira, Asa Branca nos mostra todo o talento deste também imortal “cabra arretado da moléstia”. Fiquem com Gonzagão e tenham todos um Bom Dia!


Nenhum comentário:

Postar um comentário