Projeto
encaminhado pelo governo do Estado à Assembléia Legislativa, em Regime de
Urgência, autoriza o Executivo a transferir fundos, com verbas de destinações
específicas, para o caixa único. A partir daí, muitas dúvidas surgiram e, pelo
menos até agora, não foram devidamente respondidas.
O Chefe
da Casa Civil, Carlos Pestana, diz que “Não há dinheiro algum nesses fundos. O
que estamos fazendo com esse projeto é apenas uma operação contábil para
regularizar saques feitos ao longo dos governos de Germano Rigotto e Yeda
Crusius”. Provavelmente, no meu entendimento,
a atual administração estadual esteja tentando corrigir erros das
anteriores.
Já a
bancada do PMDB apresentou levantamento informando que a injeção de valores
será de mais de R$ 500 milhões no caixa único. Para o deputado Giovani Feltes
(PMDB) “é mais um cheque em branco para o governo Tarso. O Piratini quer
colocar a mão em recursos do desenvolvimento do Estado. Talvez assim consigam
pagar os R$ 5,8 milhões da parcela de autonomia das escolas que está atrasado.
É um governo de gestão zero.”
Sou
obrigado a admitir que não sou profundo conhecedor destas questões que envolvem
finanças públicas, mas sei o que representa o envolvimento de dinheiro de projetos que visem o
desenvolvimento do Estado com o caixa único.
Mas o que
me chama a atenção, sinceramente, é o fato de que sempre que alguma coisa tem
que ser justificada pelo Partido dos Trabalhadores, a culpa é jogada nos
governos anteriores e/ou na oposição. O projeto em causa tem por objetivo regularizar
saques feitos pelos governos que antecederam ao de Tarso Genro, ou seja, as
coisas ruins sempre tiveram origem nos atos de adversários. Já as boas, bem,
estas sempre foram obra do PT. É, pelo
menos, curioso. Ou não?
Machado
Filho
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