Contratação temporária
Acompanho, faz muito tempo, o posicionamento dos
parlamentares (Assembléia e Câmara Municipal) em Porto Alegre. Tenho
curiosidade sobre o que pregam e o que fazem. E as surpresas são muitas a cada
troca de governo. O que não servia no governo dos outros, é justificável no governo
dos companheiros.
Um exemplo bem prático é o uso das contratações emergenciais
ou temporárias. Quando na oposição, o PT reclamava e fazia de tudo para impedir
que o governo contratasse pessoal, mesmo que necessário, emergencialmente.
Bradava apor concurso público, única forma, segundo os deputados petistas, de
preencher com justiça o quadro funcional. E estavam certos, mesmo que isso
significasse dificuldades para o desenvolvimento do serviço público.
Agora, no governo, os deputados do PT ignoram, ou fingem que
ignoram, aquilo que combatiam antes. Ontem mesmo, na Assembléia, aprovaram a
contratação emergencial de 1.500 professores. Cálculos do deputado Edson Brum
(PMDB), são 5.329 professores contratados emergencialmente em dois anos de
governo de Tarso Genro (PT). O mesmo parlamentar peemedebista, diz que, de
janeiro de 2011 até aqui, foram criados 35.788 cargos públicos, incluindo
renovações de contratos e vagas preenchidas sem concurso público.
Fico impressionado como a política, em certos casos, faz com
que as pessoas simplesmente ignorem o que fizeram e pregaram no passado, para,
no presente, por puro interesse partidário ou pessoal, apoiar o que condenavam
abertamente.
E o pior é que o eleitor, normalmente, não se dá conta, ou
finge que não se dá, de tanta falta de vergonha na cara.
Machado Filho
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