sábado, 27 de outubro de 2012

Meu irmão Dilamar
Hoje é um dia em que não consigo separar alguns tipos de sentimentos dentro de mim. O de alegria por estar aqui, escrevendo e vivendo intensamente e o de tristeza e saudade, são alguns dos que se misturam quanto tento escrever neste dia 27 de outubro. É um dia particularmente especial para mim.
É que hoje, se ainda estivesse aqui, meu irmão Dilamar Machado estaria de aniversário. Estaríamos, certamente, comemorando com uma carne que ele assava com todo o capricho e algumas bem geladas, que ele tratava de colocar no freeser bem cedinho.
O Dilamar foi uma pessoa extremamente especial na minha vida. Irmão, companheiro, amigo, chefe,  e principalmente, o maior exemplo para os caminhos que decidi seguir no jornalismo. Homem  de rádio, o Dilamar foi, quem sabe, o maior jornalista que conheci, por seu exemplo de honestidade, por sua atuação marcante na vida pública, por seu profundo conhecimento das dificuldades e das soluções.
Lembro que, quando apresentava o programa Vozes da Cidade, na Rádio Gaúcha, o Dilamar vivia os problemas que eram levados até ele para resolver. Os dramas das pessoas sem condições, as campanhas para auxiliar a quem não tinha, faziam parte do programa, mas acabavam dominando o enorme coração dele. O Dilamar não descansava enquanto não encontrasse uma solução para os dramas diários das pessoas que o procuravam.
Fui seu parceiro de rádio, depois na política e sempre tive nele um exemplo para qualquer das atividades que tivesse que desenvovler.
Hoje, então, os sentimentos se confundem na minha cabeça. Da alegria por ter podido desfrutar da companhia, da parceria e da cumplicidade do Dilamar, para a tristeza de escrever sobre sua ausência. É a vida, fazer o que?
Bem cedo pedi para a minha mulher que colocasse algumas cervejas na geladeira pois quero brindar, como faria com ele, com uma bem gelada, a satisfação de ter sido seu irmão e, muito mais, um amigo de horas boas e ruins. O Dilamar, para mim, é algo que jamais vai se apagar da lembrança. Até que estejamos juntos novamente.
Parabéns, meu irmão, pelos teus 77 anos. Tenho certeza que, juntamente com nosso velhos, irmãos e parentes que estão aí contigo, estás comemorando com o pensamento voltado aos que ficaram aqui, saudosos de ti.
Machado Filho

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