Ex-deputados Professor Luizinho e Paulo Rocha, que escaparam da
condenação, festejaram durante reuniões de petistas na Câmara dos Deputados.
Balões vermelhos e estrelas brancas em referência ao Partido dos
Trabalhadores decoravam nesta terça-feira o fim de uma rampa na Câmara dos
Deputados. Convidados comemoravam, tilintando taças de champanhe, as 5.000
edições dos informes do PT na Câmara. Entre as personalidades, dois réus do
mensalão absolvidos pelo Supremo Tribunal Federal
(STF).
“Agora sou ex-deputado e ex-mensaleiro”, debochou, gargalhando, o
ex-líder petista Professor Luizinho, absolvido do crime de lavagem de dinheiro
na mais alta corte do país. Acusado de embolsar 20 000 reais do esquema de
corrupção, Luizinho foi um dos políticos que enfrentou outro tipo de
condenação: nas urnas. Em 2006, ele não conseguiu renovar seu mandato de
deputado federal. Dois anos depois, não teve votos sequer para se eleger
vereador em Santo André, no ABC paulista.
Ao seu lado, mais contido, o também ex-líder Paulo Rocha sorria.
Presidente do diretório do PT no Pará, Rocha também se livrou de uma condenação
por lavagem. Ele foi beneficiado após um empate de cinco votos a cinco dentro
do STF. Nas urnas, também foi castigado em 2010.
Em rodinhas, deputados, ex-congressistas e funcionários do PT
comemoravam, ao som de “Lula lá”, as edições dos informes do PT na Câmara.
Banners e painéis foram fixados nas paredes com petistas históricos: o
ex-presidente Lula, o ex-presidente do PT José Genoino pela corte, e o
ex-deputado Paulo Rocha estampavam a galeria dos ex-líderes da legenda na Casa.
O quadro ao lado mostrava aqueles que, filiados ao partido, ocuparam a
presidência da Câmara dos Deputados: Arlindo Chinaglia, Marco Maia e João Paulo
Cunha.(Com VEJA on-line).
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