terça-feira, 4 de setembro de 2012

Para defesa, vice do Banco Rural é inocente
Em memorial entregue na tarde desta terça-feira (4) aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa do ex-vice-presidente do Banco Rural José Roberto Salgado negou que o réu do mensalão tenha participado da concessão de empréstimos a agências de Marcos Valério e ao PT.
"José Roberto Salgado comprovadamente atuava apenas na área internacional e de câmbio e [...] passou a compor o comitê de crédito quando foi promovido a vice-presidente, não antes desse fato", afirma o memorial.
Na segunda, o revisor da ação penal acompanhou o relator e condenou Salgado e a ex-presidente, Kátia Rabello, por gestão fraudulenta.
Segundo a denúncia, o banco repassou R$ 29 milhões às empresas de Marcos Valério e R$ 3 milhões ao PT por meio de empréstimos fictícios. O objetivo do grupo, conforme a Procuradoria, era financiar o suposto esquema de pagamento a parlamentares da base aliada em troca de apoio na aprovação de projetos de interesse do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
De acordo com o documento, Salgado não participou "de nenhum dos citados mútuos [tipos de empréstimos]".
"Equivoca-se o Banco Central e, com ele, os eminentes relator e revisor ao apontar Salgado como responsável pela concessão à Graffiti [agência de Valério]", diz ainda o memorial.
O documento também nega que os empréstimos, apontados pelo relator como "fictícios" e pelo revisor como "fraudulentos", tenham sido simulados.
"O Bacen jamais sequer sugeriu que fossem simulados ou fictícios, foram sim formal e materialmente em concreto realizados, como atesta laudo de exame financeiro. [...] As operações são verdadeiras. Ou seja, houve transferência de recursos oriundos da instituição financeira creditados em favor dos tomadores dos empréstimos", diz o memorial.(Com informações do G1)

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