segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Mensalão

Voto do relator - 4
“Me parece que houve aqui não um empréstimo, mas um negócio de pai para filho. Os valores emprestados eram incompatíveis com a capacidade financeira do tomador dos empréstimos", disse o revisor.
Lewandowski ressalta a participação de Marcos Valério junto ao governo federal para a negociar a liquidação do Banco Mercantil de Pernambuco, que interessava ao Banco Rural. Valério foi ao Banco Central várias vezes para falar sobre o tema. Para o ministro, "este relacionamento" demonstra que Valério "buscava influenciar diversos órgãos em favor dos interesses do Banco Rural".
Lewandowski diz que, mesmo que o Banco do Brasil aceitasse ser fiador do empréstimo feito pelo Banco Rural ao PT e às agências de publicidade, haveria uma discrepância grande dos valores a serem pagos pelas empresas de Valério.
“Inexiste no mercado instituição financeira que aja como o Banco Rural atuou. Os bancos não são instituições filantrópicas, mas cobram caro por taxas de serviços prestados e cobrando juros altos pelos empréstimos. Houve troca de favores entre os dirigentes do Banco Rural e Marcos Valério", ressaltou Lewandowski. “O Banco Rural não possuía informações suficientes que autorizassem a liberação de crédito de mais de R$ 19 milhões para as empresas de Valério. Os números apresentados no balanço são de ínfimo valor, além de cadastro com informações escassas", completou.
Para o revisor, a "pecha de fictício" dos empréstimos concedidos às agências de Marcos Valério e ao PT não se deve ao fato de o dinheiro não ter sido concedido. Segundo Lewandowski, os recursos saíram dos cofres da instituição financeira. No entanto, teriam sido simulados por meio de várias prorrogações nos prazos de pagamento dos financiamentos.
Lewandowski condena Kátia Rabello por gestão fraudulenta.

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