segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Mensalão

Voto do relator - 1
Ayres Britto declara aberta a primeira sessão do STF sem a participação do ministro Cezar Peluso.
Joaquim Barbosa começa a ler seu voto. Relembra imputações feitas por gestão fraudulenta aos dirigentes do Banco Rural, por fraudes e falsidade dos empréstimos. 
José Genoino e Delúbio Soares assinaram os contratos para empréstimos do Banco Rural, segundo Barbosa. Havia grande possibilidade de não serem pagos. O relator do mensalão ressalta várias vezes que os patrimônios das agências de Valério e do PT eram incompatíveis com os valores repassados e que não havia garantia de pagamento.
“Eram operações de crédito temerárias. Os empréstimos foram concedidos sem nenhum embasamento técnico e sem nenhuma garantia de pagamento. O patrimônio dos fiadores era incompatível aos valores repassados".
Segundo o relator do mensalão, peritos atestaram que foram fraudados documentos que comprovariam a situação financeira das empresas de Valério.
O PT não foi "o único beneficiário" dos empréstimos do Banco Rural. "Como sabemos, inúmeras pessoas físicas foram beneficiadas por este dinheiro", afirma Barbosa. Ele diz que houve dificuldade para os peritos rastrearem a origem dos recursos.
Segundo o relator do mensalão, o Banco Rural manipulou dados contábeis para comprovar os empréstimos. Também houve fraude nos livros decontabilidade do banco. "O Banco Rural extraviou dezenas de microfichas, balancetes, balanços", diz o ministro. É a terceira vez que ele repete esta fraude do banco.
Kátia Rabello, ex-presidente do Banco Rural, afirmou em depoimento que tinha competência para não renovar os empréstimos às agências de Valério, mas que não tinha conhecimento técnico, lê o relator do mensalão. Para Barbosa, ela sabia que podia vetar, mas que não fez isso nenhuma vez. "Eles tinham consciência do risco das operações", afirma.

Nenhum comentário:

Postar um comentário