Na quinta-feira, 8.527 agências estavam
fechadas em todo o País; nesta sexta-feira, a categoria se reúne para discutir
os rumos da mobilização.
O número de
agências bancárias fechadas no País cresceu cerca de 66% desde o início da
greve da categoria, na terça-feira. No final do primeiro dia, 5.132 agências
ficaram paralisadas, de um total de 21.714. Na quinta-feira 8.527 unidades
estavam com as portas fechadas, aproximadamente 40% do total. As informações
foram coletadas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro
(Contraf-CUT).
No terceiro dia
de greve do ano passado, 7.672 agências fecharam as portas. Embora o número
seja menor do que o deste ano, o crescimento do movimento foi superior no ano
passado, na mesma base de comparação. Do primeiro dia de greve de 2011 (4.191
agências fechadas) para terceiro dia (7.672), o volume de agências fechadas
cresceu 83% em 2011.
Segundo o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, a
variação é natural e pode ter como causa o aumento do número de agências no
País. “Essas variações são normais. No ano passado, tínhamos só cerca de 19 mil
agências. Agora, já estamos na casa das 21 mil. A greve vai se consolidando e
demora um pouco até atingir todos os locais”, afirmou. “Aliás, estamos vendo
que a greve está ainda mais forte do que a do ano passado”, disse. Em 2011, a
categoria ficou 21 dias parada.
Nesta sexta-feira o Comando Nacional dos Bancários se
reúne à tarde para discutir os rumos da mobilização. “Nós mandamos uma carta à
Fenaban dizendo que o comando vai estar reunido em São Paulo, pois eles podem
aproveitar essa data para fazer alguma proposta, caso queiram”, disse Cordeiro.
A última proposta apresentada pelos banqueiros foi de
reajuste linear para salários, pisos e benefícios de 6%. Os trabalhadores pedem
reajuste de 10,25%, sendo 5% de aumento real. Segundo informou Cordeiro, a
Federação Nacional de Bancos (Fenaban) não procurou os trabalhadores para nova
negociação. A greve continua à espera de uma nova proposta dos banqueiros.
Procurada, a Fenaban não quis comentar o movimento grevista. (Com informações do
jornal "O Estado de S.Paulo".
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