A greve dos professores das universidades federais completa três
meses nesta sexta-feira (17) com um grande impasse entre o governo e os
sindicatos da categoria. O governo apresentou duas propostas neste período, e
fechou um acordo de reajuste salarial com uma das entidades docentes, a
Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino
Superior (Proifes). No entanto, as outras duas entidades docentes, o Sindicato
Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino (Andes) e o Sindicato Nacional
dos Servidores Federais da Educação Básica e Tecnológica (Sinasefe), que
iniciaram o movimento de greve, não aceitaram a proposta.
O governo federal diz que a negociação está encerrada e
pressiona as reitorias das universidades a planejar o calendário de reposição
de aulas. Por outro lado, Andes e Sinasefe afirmam não reconhecer o acordo e
pressiona o governo a reabrir o diálogo. Nesta quinta-feira (16), o sindicato
protocolou no Palácio do Planalto uma carta dirigida à presidenta Dilma
Rousseff pedindo reabertura imediata das negociações com os docentes em greve.
A greve foi iniciada
em 17 de maio. Do total de 59 universidades, 57 aderiram à paralisação, além
dos 37 institutos, centros de educação tecnológica e o Colégio Pedro II. Apenas
a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a Universidade Federal de
Itajubá (Unifei) não aderiram ao movimento. De acordo com a Andes, professores
de 52 instituições realizaram novas assembleias após o governo assinar o acordo
com o Proifes e votaram pela continuidade da greve.
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